Em setembro, chama atenção uma campanha que se espalha por diversos meios de comunicação e instituições de saúde no Brasil: o Setembro Dourado. Com o objetivo de ampliar o debate sobre o câncer infantojuvenil, essa iniciativa visa conscientizar a sociedade sobre a importância da identificação precoce dos sinais e sintomas da doença em crianças e adolescentes. Por isso, ao usar a cor dourada a campanha destaca o valor inestimável da infância, incentivando ações integradas entre profissionais de saúde, familiares e a população em geral.
Escolher setembro para essa mobilização não é obra do acaso. Durante esse mês, diversas atividades educativas, debates públicos e ações informativas ocorrem em hospitais, escolas e redes sociais. Há um esforço coletivo para melhorar o conhecimento sobre o câncer pediátrico, suas características e os caminhos mais adequados para o diagnóstico e o tratamento. Essas ações buscam principalmente diminuir a desinformação, fator que pode atrasar o início do tratamento e influenciar negativamente nos prognósticos de cura.

Por que o câncer em crianças merece atenção especial?
A incidência do câncer infantojuvenil difere significativamente daquele observado em adultos. Os tipos mais comuns acometem o sistema sanguíneo e linfático, como as leucemias e linfomas, além de tumores no sistema nervoso central. Como esses quadros apresentam sintomas iniciais pouco específicos, como palidez, dores persistentes e ínguas, identificar a doença nos estágios iniciais se torna um grande desafio. Por esse motivo, o Setembro Dourado foca em orientar responsáveis, educadores e profissionais de saúde sobre os sinais de alerta para aumentar as chances de diagnóstico precoce.
Quais são os principais objetivos da campanha Setembro Dourado?
A mobilização central do Setembro Dourado gira em torno da promoção do diagnóstico precoce e da ampliação do acesso ao tratamento adequado, fatores considerados decisivos para elevar as taxas de cura do câncer pediátrico. Outro objetivo importante é reduzir o estigma, compartilhando relatos e histórias de crianças e adolescentes em tratamento, além de destacar a relevância do acompanhamento multidisciplinar e do acolhimento no ambiente hospitalar.
- Informar: Levar conhecimento sobre sintomas, exames e fatores de risco ao âmbito familiar e escolar.
- Conectar: Aproximar instituições de saúde, poder público e sociedade civil para apoiar famílias afetadas.
- Mobilizar: Estimular participação em eventos e campanhas, especialmente no mês de setembro, para ampliar a visibilidade do tema.

Como identificar sinais de câncer infantojuvenil?
Embora nem sempre seja fácil perceber os sintomas do câncer em crianças, atenção a alguns sinais pode fazer a diferença. Alguns dos principais indícios incluem:
- Pallidez repentina e persistente
- Febre sem causa aparente e prolongada
- Linhadenomegalia (ínguas aumentadas) sem infecção clara
- Dores ósseas ou nas articulações
- Perda de peso e apetite
- Pontos roxos ou sangramentos inexplicados
- Alterações visuais e dores de cabeça frequentes
Esses sintomas precisam ser avaliados por profissionais de saúde sempre que persistirem. Conforme recomenda o Ministério da Saúde, a detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento. Por isso, cartilhas, treinamentos e materiais educativos são oferecidos em diversas regiões do país durante o Setembro Dourado, reforçando a relevância da atenção primária e do acompanhamento pediátrico regular.
O que dizem os dados oficiais sobre câncer infantil no Brasil?
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer representa a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, excluindo causas externas. Ainda segundo o INCA, em 2025 são esperados cerca de 8.500 novos casos de câncer infantojuvenil no país. O índice de cura pode chegar a 80% quando o diagnóstico acontece em fase inicial, evidenciando a importância das estratégias de informação e orientação promovidas pelo Setembro Dourado.










