O Ministério da Defesa anunciou nesta sexta-feira (7/8) que irá retomar as operações na terra indígena Munduruku, no estado do Pará. As ações são no âmbito da Operação Verde Brasil 2, que combate o avanço do desmatamento e queimadas na região da Amazônia Legal, que engloba nove estados.
Elas haviam sido suspensas na última quinta-feira (6). Segundo o ministério, indígenas solicitaram a avaliação de resultados e a realização de um encontro entre os representantes do povo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília. De acordo com a Defesa, indígenas foram transportados para Brasília pela Força Aérea Brasileira ainda na quinta-feira, e apresentaram suas preocupações no MMA. Nesta sexta, então, eles retornaram ao Pará.
As ações, com participação das forças armadas e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foram suspensas após visita do ministro Ricardo Salles em à cidade de Jacareacangana, na última quarta-feira (5). Na ocasião, garimpeiros protestaram contra a operação e pedir ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que ela fosse suspensa. Indígenas e não-indígenas chegaram a fechar a pista do aeroporto após a saída do ministro.
Salles foi à cidade para participar da operação e convidou diversos veículos de comunicação para acompanharem a ação. O presidente Jair Bolsonaro enviou neste ano um projeto que visa regularizar o garimpo em terras indígenas, proposta alvo de amplos questionamentos. Nos últimos meses, o governo tem sido cobrado por ações para frear o avanço do desmatamento e das queimadas.
Em meio a isso, o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, o vice-presidente Hamilton Mourão, estendeu a Operação Verde Brasil, que terminaria no início de julho, até 9 de novembro.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.