No Twitter, usuários e políticos associaram as 100 mil mortes por covid-19 no Brasil — marca atingida neste sábado (8/8) — ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vem minimizando a gravidade da pandemia desde os primeiros casos da doença no país. Na tarde deste sábado, a hashtag #Bolsonaro100Mil esteve entre os dez assuntos mais comentados da rede social.
Na última quinta-feira, quando o país se aproximava da marca de 100 mil vítimas do novo coronavírus, Bolsonaro comentou o assunto. "A gente lamenta todas as mortes, já está chegando ao número 100 mil, talvez hoje. Vamos tocar a vida. Tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema", disse, em uma transmissão feita ao lado do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello.
A hashtag #CemMileDaí também atingiu os trending topics do Twitter no dia em que o Brasil atingiu 100.240 óbitos e 2.988.796 casos de covid-19. Ela faz referência ao comentário feito pelo Bolsonaro quando o Brasil ultrapassou a China na quantidade de vítimas fatais, em 28 de abril. “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse, após ter sido questionado sobre os 5 mil óbitos registrados na ocasião.
Em 22 de março, quando a pandemia havia provocado 25 óbitos no Brasil, o chefe do Executivo chegou a dizer que a previsão do governo federal era que o número de mortes provocadas pela pandemia de covid-19 não ultrapassaria a quantidade de vítimas provocadas pela gripe H1N1, que, na mesma falar, Bolsonaro afirmou terem sido 800.
O deputado distrital Fábio Félix lembrou da afirmação feita pelo presidente há quase cinco meses e comentou nas redes sociais, junto à #Bolsonaro100Mil: “Essa é a maior prova do crime de responsabilidade cometido por este governo genocida”. O deputado federal David Miranda (Psol-RJ) caracterizou a marca como “uma enorme tragédia humanitária”. Ele convocou a população para um panelaço, às 20h30, “pelas vidas perdidas e contra o governo genocida”.
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