Vacina tailandesa contra covid-19 entra para o rol de negociações brasileiras

Ministro interino da Saúde se reuniu nesta quarta-feira (12/8) com representantes e não descarta parceria, mas ressalta que ''prazos um pouco mais dilatados''

Bruna Lima
Maria Eduarda Cardim
postado em 13/08/2020 15:20 / atualizado em 13/08/2020 15:20
 (crédito: Mladen Antonov/AFP)
(crédito: Mladen Antonov/AFP)

O Brasil tem à vista mais uma possibilidade de negociação para conseguir adquirir vacinas contra a covid-19 assim que estiverem disponíveis no mercado. Depois do flerte com a iniciativa russa, entra para o rol de negociações uma fabricante tailandesa. Em comissão mista do Congresso Nacional que acompanha as ações do governo no enfrentamento da pandemia de covid-19, desta quinta-feira (13/8), o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou ter se reunido com representantes da candidata e que, caso os resultados sejam positivos, o Brasil tem interesse em fazer parceria.

"Ontem, recebi uma outra empresa americana, com sede de fabricação na Tailândia, que também trouxe a possibilidade. Mas também com prazos um pouco mais dilatados e que vai ficar pronto no terceiro, quarto mês de 2021. Mesmo assim estamos em negociação também para ver se isso cresce, se acelera e se a gente pode participar", detalhou Pazuello.

A orientação do ministro é de olhar atento a qualquer possibilidade de imunização. "Todas as vacinas que se tornem uma prospecção positivo, devemos estar acompanhando, com parcerias e intenção de compra", afirmou o general. Por isso, as intenções de tratativas com a iniciativa russa são vistas com bons olhos e acompanhadas de perto pelo governo federal. Pazuello detalhou que o Ministério da Saúde participou da videoconferência junto ao governo do Paraná, representações dos regulamentares brasileiros e da empresa russa.

"Essa videoconferência mostrou que ainda está muito incipiente, as posições ainda estão muito rasas, nós não temos o acompanhamento dos números. Pode até haver tudo isso, mas ainda vai ter muita negociação, muito trabalho para que isso seja de uma forma efetiva, balizado pela Anvisa, para que nós possamos discutir uma compra", ponderou, reiterando que, em caso de uma prospecção positiva, o Brasil irá participar, seja por intermédio da farmacêutica Tecpar, em Curitiba, ou por fabricação própria do governo federal.

Pazuello detalhou, ainda, que o ministério acompanha as tratativas entre o governo de São Paulo e a farmacêutica chinesa. "Todas as iniciativas são válidas e isso vai fazer o somatório, o resultado campeão no final". No entanto, a vacina britânica de parceria entre a farmacêutica AstraZeneca com o Oxford é, ainda, a principal aposta da pasta.

"Vamos fazer a contratação acredito que até sexta-feira da semana que vem, já com o empenho de recursos e isso vai no caminho desse segundo semestre, com estruturação junto a Fiocruz para fabricação. Essa é a mais promissora, mas a gente não deixa de estar atento a todas as outras e rapidamente também entrar com outra compra."

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