Educação

Márcia Abrahão é reeleita reitora da UnB

DARCIANNE DIOGO WALDER GALVÃO
postado em 27/08/2020 00:06
 (crédito: ED ALVES)
(crédito: ED ALVES)

Docentes, alunos e técnicos administrativos da Universidade de Brasília (UnB) elegeram o nome que comandará a instituição de ensino até 2024. Com 16.325 votos, a chapa 86 — Somar foi a vencedora da votação, que teve início na terça-feira e terminou ontem à noite. Márcia Abrahão foi reeleita e terá o nome avaliado pelo Ministério da Educação (MEC). A nomeação ficará a cargo do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Mesmo recebendo a maioria dos votos, para que um reitor assuma, há a necessidade da formação de lista tríplice pelo Consuni (Conselho Universitário) e a escolha do nome fica a cargo do MEC.

Mais de 50 mil pessoas estavam autorizadas a participar da escolha da nova gestão. Porém, a eleição contou com 30.227 participantes. Márcia foi eleita com 54,01% dos votos, sendo a favorita em todos os setores — docentes, alunos e técnicos administrativos. Devido à pandemia do novo coronavírus, o pleito aconteceu de forma virtual. Além disso, sem poder realizar eventos com grande público de forma presencial, os debates que, antes, ocorriam em anfiteatros lotados, tiveram que migrar para as videoconferências com conversas mediadas.

Estavam concorrendo na eleição, ainda, a chapa 81 — Unifica UnB — Seja Plural, formada por Virgílio Arraes (Departamento de História e ex-presidente da ADUnb) e Suélia Fleury (Faculdade do Gama, engenharias); a chapa 83 — Tempo de Florescer UnB, de Fátima Sousa (Departamento de Saúde Coletiva e ex-candidata ao GDF) e Elmira Simeão (Faculdade de Ciência da Informação); e a chapa 89 — UnB Pode Muito Mais, de Jaime Santana (diretor do Instituto de Ciências Biológicas) e Gilberto Lacerda (Faculdade de Educação).

Trajetória
Márcia Abrahão é a primeira mulher eleita reitora da Universidade de Brasília. Formada em geologia, ela assumiu a gestão da instituição de ensino em 2016. A educadora começou a vida acadêmica em 1982, se tornando mestra e doutora pela UnB. Foi professora do departamento de geologia e pesquisadora pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Paralelamente, traçou o caminho da carreira administrativa. Atuou como coordenadora de extensão, diretora do Instituto de Geociências, decana de graduação e, finalmente, reitora.

Durante a gestão, tentou prezar pela igualdade de gênero na instituição, conforme informou em entrevista concedida ao Correio, em março deste ano. À época, afirmou que o desafio de mostrar que é capaz, sendo a primeira mulher no cargo, nunca a intimidou. A reportagem tentou contato com a gestora, entretanto, não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Nas redes sociais, Márcia Abrahão comemorou a vitória. “Agradecemos todos os votos, vindos de todos os campi, todos os setores da Universidade de Brasília. A chapa Somar ganhou essa adesão numa campanha linda e limpa, da qual nos orgulhamos”, publicou.


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Mourão quer ensino pagonas federais

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) irá solicitar uma reunião com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) para argumentar contra a declaração feita por ele, ontem, de que estudantes com mais recursos devem pagar para estudar em universidades públicas.

“Somos contrários à cobrança e temos estudos que demonstram isso (a impossibilidade da proposta). Vamos solicitar uma audiência com o vice-presidente”, afirmou o presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira.

Mourão abordou o tema, em aula magna transmitida ao vivo, ao ser questionado sobre o que o governo estaria fazendo para tentar aumentar o percentual de estudantes nas universidades, e em especial aqueles que não podem pagar pelo ensino superior. “É algo que nós temos que pensar, hoje, seriamente e sem preconceitos porque pagamento a universidades federais poderia ser um recurso canalizado para aqueles jovens que precisam de financiamento para pagarem uma universidade privada”, ressaltou. “Seria uma compensação muito justa.”

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