Juiz coloca 23 no banco dos réus por desvios de R$18 mi na saúde do MA

Entre os denunciados, estão a ex-secretária-adjunta da Saúde do Maranhão, Rosângela Curado. Ela e outras 13 pessoas chegaram a ser presas temporariamente no curso das investigações

Agência Estado
postado em 27/08/2020 17:39 / atualizado em 27/08/2020 17:39
 (crédito: Divulgação/Justiça Federal)
(crédito: Divulgação/Justiça Federal)

A Justiça Federal no Maranhão acolheu denúncia contra 23 pessoas investigadas na Operação Pegadores por suspeitas de desvio de R$18 milhões em recursos públicos destinados à Saúde do Estado entre os anos de 2015 e 2017.

"Neste momento processual, entendo suficientemente caracterizado o suporte probatório mínimo ao exercício da ação penal", escreveu o juiz Luiz Régis Bomfim Filho, da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Maranhão, em despacho na última segunda-feira (24/8).

Entre os denunciados, estão a ex-secretária-adjunta da Saúde do Maranhão, Rosângela Curado. Ela e outras 13 pessoas chegaram a ser presas temporariamente no curso das investigações.

Segundo o Ministério Público Federal, o grupo denunciado montou um esquema para fraudar folhas de pagamento de pessoal e contratações firmadas entre a Secretaria de Saúde e organizações sociais que prestavam serviços ao Estado.

As investigações indicaram a existência de cerca de 400 funcionários fantasmas, a maioria familiares e pessoas próximas a gestores públicos e de diretores das organizações sociais, que foram supostamente incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais, sem que prestassem qualquer tipo de serviços às unidades de saúde.

O esquema de fraudes e desvio de verbas públicas era formado por três núcleos, segundo os investigadores: pessoas que possuíam um salário formal, mas recebiam um salário extra, pago por fora do contracheque, em desvio direto de verbas públicas na denominada 'folha complementar'; pessoas que eram indicadas para serem contratadas e recebiam sem realizar qualquer trabalho (os funcionários fantasmas); e também desvio de verbas por meio do pagamento a empresas de fachada, supostamente especializadas na gestão de serviços médicos.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com as defesas dos denunciados. O espaço permanece aberto a manifestações.

COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE SAÚDE DO MARANHÃO

A reportagem entrou em contato com a Secretaria e ainda aguarda resposta.

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