O novo coronavírus matou 118.649 brasileiros, chegando ao acumulado de 3.761.391 de infectados confirmados desde o início da pandemia. Somente ontem, foram acrescentados 44.235 casos confirmados e 984 óbitos. Apesar de essa ser a primeira quinta-feira a contabilizar menos de mil vidas perdidas no balanço diário em meses, a média móvel de mortes continua acima do patamar e sem previsão de queda sustentada, como indicam as principais previsões brasileiras.
A última vez que o país registrou menos de mil novas fatalidades em uma quinta-feira — dia útil que historicamente tem um dos mais significativos incrementos nos números de covid — foi em 14 de maio, quando o Ministério da Saúde registrou 844 mortes. Porém, como a atualização no sistema é registrada com atrasos, não é possível inferir que ontem houve, de fato, uma diminuição na quantidade de mortes diárias.
“São flutuações que vêm acontecendo de uma semana para outra e que, quando caem em uma semana, na outra sobem”, explica Domingos Alves, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e um dos responsáveis pelo Portal Covid-19 Brasil. “Sem uma política de controle, vamos continuar observando esses patamares”, alerta.
Estados
O país tem 22 unidades federativas com mais de mil mortes cada. Em primeiro lugar está São Paulo, com 29.415 fatalidades, acumulando quase um quarto das perdas brasileiras. O Rio de Janeiro vem em segundo, com 15.859 vítimas da covid. Em seguida estão: Ceará (8.365), Pernambuco (7.480), Pará (6.102), Bahia (5.178), Minas Gerais (5.049), Amazonas (3.616), Maranhão (3.402), Rio Grande do Sul (3.275), Paraná (3.153), Espírito Santo (3.105), Goiás (2.962), Mato Grosso (2.649), Distrito Federal (2.425), Paraíba (2.388), Rio Grande do Norte (2.219), Santa Catarina (2.170), Alagoas (1.853), Sergipe (1.830), Piauí (1.765) e Rondônia (1.109).
No pé da tabela estão Mato Grosso do Sul (800), Amapá (652), Tocantins (635), Acre (607) e Roraima (586). Os estados são os únicos no país com menos de 50 mil infecções registradas. No outro extremo, com mais de 200 mil confirmações, estão São Paulo (784.453), Bahia (247.853), Rio de Janeiro (219.198), Ceará (210.727) e Minas Gerais (205.942).
O Brasil é o segundo país com mais casos e mais mortes por covid-19 no mundo. Só perde para os Estados Unidos, que somam 5,8 milhões de infecções confirmadas, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. (BL)
Teste de vacina russa em 45 dias
De acordo com estimativa divulgada pelo governo do Paraná, a vacina russa que foi desenvolvida para combater a covid-19 deve começar a ser testada no estado em 45 dias, com cerca de 10 mil voluntários. Os testes, porém, só serão iniciados após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A diretoria do órgão reuniu-se com membros do governo do Paraná para discutir a vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya na Rússia e batizada de Sputnik 5. A reunião teve caráter preliminar e aconteceu antes mesmo de uma submissão dos documentos necessários para a análise da Anvisa, que já aprovou quatro estudos clínicos de imunizantes contra covid no Brasil. Segundo o governo, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e o Instituto Gamaleya devem desenvolver em até 30 dias o protocolo de validação, que será enviado para a Anvisa.
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