MP pede que Sara pague R$ 1,3 mi

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) entrou na Justiça contra a extremista Sara Giromini, também conhecida como Sara Winter, pela divulgação dos dados pessoais da criança de 10 anos submetida a aborto legal após ser vítima de violência sexual pelo tio. A exposição de menor de idade, conforme a lei, é crime e o caso da criança corre em segredo judicial.

Segundo o MP, Sara teve acesso, de forma ilegal, a detalhes do caso, como o nome da menina e o endereço do hospital onde ela passaria pelo procedimento de interrupção da gestação indesejada, e veiculou as informações no Instagram, Facebook e YouTube. Por isso, a Ação Civil Pública (ACP) pede que ela seja condenada a pagar R$ 1,3 milhão a título de dano moral coletivo — o dinheiro, em caso de condenação, será revertido ao Fundo de Direitos da Criança e do Adolescente de São Mateus.

“No vídeo veiculado, que obteve aproximadamente 66 mil visualizações, a requerida expõe a criança e a família dela e conclama os seguidores a se manifestarem, em frontal ofensa à legislação protetiva da criança e do adolescente”, afirma, em nota, o MPES. A revelação dos dados teve como consequência uma manifestação em frente ao hospital onde foi realizado o aborto legal. “A conduta, conforme a ACP, está incluída em uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista, que expõe a triste condição da criança.”