Quase trezentos anos de exploração do povo e dos recursos minerais, diversas riquezas levadas embora e a deixada da principal marca: o idioma português.
O marco não ocorreu do nada, segundo historiadores, o processo de independência do país teve sua origem relacionada aos eventos que aconteceram a partir de 1808, com a chegada desajeitada da família real portuguesa ao Brasil, após a perseguição de tropas francesas.
Bom, todos sabem que a independência do Brasil de fato ocorreu, porém há quem diga que muitos elementos históricos são mal apresentados ou até mesmo manipulados para deixar a história mais heroica e bonita.
Vejamos os possíveis mitos sobre a independência a seguir:
1 – “Independência ou morte”
O quadro “Independência ou Morte”, finalizado pelo pintor Pedro Américo no ano de 1888 é, sem dúvida, a maior referência a esse momento tão representativo da história brasileira. Entretanto historiadores afirmam que alguns elementos presentes na obra não seguem fielmente o que realmente aconteceu.
A julgar que o pintor da obra não esteve presente na situação, principalmente pelo fato de ele ter nascido quase 20 anos após o ato, em 1843. D Pedro II, sucessor do D. Pedro I, foi quem encomendou a pintura que só foi feita em 1885. O autor da obra visitou o lugar que foi apontado como local da proclamação e anos depois entregou a obra.
Apesar de conter seu certo nível de fidelidade aos componentes históricos da pintura, o quadro foi feito para fazer uma apresentação mitológica do fato, evidenciando a figura heroica de Dom Pedro I e o seu desejo de liberdade em relação à corte portuguesa.
2 – Longe das margens do Ipiranga e em cima de uma mula?
Ainda em controvérsia aos elementos do quadro de Pedro Américo, e agora também ao Hino Nacional, o brado dado por D. Pedro I não ocorreu às margens do rio Ipiranga, mas sim proclamou a independência do alto de uma colina próxima ao riacho.
Durante a proclamação, diferente do que sugere o quadro, D. Pedro I estava montando uma mula, que apesar de não tão sofisticado, é um animal de grande resistência e comumente utilizado para grandes viagens.
3 – Dor de barriga e vestes comuns
De acordo com o livro “1808”, de Laurentino Gomes, Dom Pedro, após comer um alimento estragado, sentiu um”mal-estar intestinal súbito” durante o dia em que houve a proclamação. Ainda segundo o livro, o ato foi “mais brasileiro e menos épico” de quanto é contado.
A obra “Independência ou morte” também sugere uma vestimenta luxuosa em D. Pedro, fato que é combatido por historiadores, que afirmam que ele estava trajado como um simples tropeiro.
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