Saúde

Posse após 3 meses de interino

Ingrid Soares
postado em 15/09/2020 00:40
 (crédito: JOSE DIAS)
(crédito: JOSE DIAS)

Após três meses como ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello será empossado oficialmente no cargo em uma solenidade no Palácio do Planalto amanhã, às 17h. A informação foi confirmada, ontem, ao Correio pela assessoria de imprensa do Planalto em meio ao registro de 132.006 mortes decorrentes da pandemia do novo coronavírus.

Nascido no Rio de Janeiro e formado na Academia Militar das Agulhas Negras, como general, Pazuello comandou a Divisão do Exército. Ele foi nomeado ministro interino em 3 de junho, após o médico Nelson Teich ter pedido demissão do cargo e, desde então, é alvo de críticas da opinião pública e de especialistas que defendem um profissional técnico para comandar a pasta.

Desde que assumiu interinamente a Saúde, o presidente Jair Bolsonaro vinha fazendo reiterados elogios ao ministro. No entanto, no começo de julho, o chefe do Executivo chegou a indicar que o militar não ficaria no posto. “Ele está fazendo um excelente trabalho e está realmente funcionando. Ele é ruim de imprensa, mas em compensação, é excelente como gestor da saúde. A gente precisa há muito tempo de alguém com esse perfil lá. Mas é um nome que não vai ficar para sempre”, declarou à época.

Dias depois, Bolsonaro voltou a acenar ao chefe interino da pasta, dessa vez, ressaltando que o mesmo tem atendido a “quase tudo”. E negou que o ministério estivesse militarizado. “Ele (Pazuello) levou 15 militares para lá. A equipe dele, por coincidência, era formada por militares. É igual a mim: quando escolhi o vice, escolhi o general (Hamilton Mourão). O pessoal tem de ver se o ministério está dando errado, não interessa se o cara é militar. Ou o cara bota a casa em ordem, ou dá lugar para outro”.

Mais mortes por milhão de habitante
Com mais 381 mortes por covid-19, o Brasil acumula 132.006 vidas perdidas. Segundo dados da plataforma World o Meters, o país ultrapassou o Reino Unido e se tornou a nação do G20 com mais óbitos por milhão de habitante. Mais 15.155 casos foram incluídos, ontem, no balanço do Ministério da Saúde, que soma 4.345.610 de infectados. São Paulo lidera o ranking de fatalidades, com 32.642 vítimas. Em seguida estão: Rio (17.003), Ceará (8.698), Pernambuco (7.888), Pará (6.368), Minas Gerais (6.286) e Bahia (5.999). (Bruna Lima e Maria Eduarda Cardim)

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