PANDEMIA

Após pausa, Anvisa dobra voluntários para "vacina de Oxford"

O estudo de imunizante contra o novo coronavírus passará a contar com 10 mil voluntários e permitirá a testagem de pessoas com mais de 69 anos

Bruna Lima
Maria Eduarda Cardim
postado em 15/09/2020 16:15 / atualizado em 15/09/2020 16:15
 (crédito: Juan Mabromata/AFP)
(crédito: Juan Mabromata/AFP)

Uma semana após o anúncio da pausa nos testes da vacina produzida pela Universidade de Oxford junto com o laboratório AstraZeneca, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta terça-feira (15/9) a ampliação do estudo clínico do imunizante. Com isso, dobrará o número de voluntários, passando de 5 mil para 10 mil participantes.

A Anvisa também ampliou a faixa etária permitida para participar do estudo clínico. Agora, pessoas com mais de 69 anos também poderão ser voluntárias nos testes. Anteriormente, a faixa etária permitida era de 18 a 69 anos.

Além dos três centros de testagem em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, outros três serão incluídos para a tarefa. Mais um, em São Paulo; outro, no Rio Grande do Norte; e o último, no Rio Grande do Sul.

Segundo a Anvisa, a solicitação foi feita pelo laboratório AstraZeneca, responsável pelo desenvolvimento da vacina. Em nota, a agência reforçou que a ampliação de voluntários e outras mudanças em testes clínicos são comuns.

“Estas mudanças estão relacionadas ao objetivo da pesquisa que é produzir dados sólidos sobre o desempenho de cada produto e conhecer melhor os seus efeitos em diferentes grupos populacionais”, justificou, por meio de nota oficial.

Pausa

Suspensos ao longo da última semana, os testes da vacina retomaram nessa segunda-feira (14/9). Até o momento, 4,6 mil voluntários já foram vacinados e não apresentaram qualquer registro de intercorrências graves de saúde. A liberação para a retomada dos testes no país aconteceu no começo da noite de sábado (12/9). Em nota no dia, a Anvisa afirmou que aprovou a retomada após avaliação do caso.

Na última terça-feira (8/9), o laboratório Astrazeneca interrompeu os testes da vacina produzida conjuntamente com a Universidade de Oxford após uma suspeita de reação adversa. A vacina de Oxford foi a primeira que teve o estudo clínico autorizado no Brasil.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação