Cerca de 1,64 milhão de pessoas na cidade de São Paulo – 13,9% da população total – já foram infectadas pelo novo coronavírus. Este foi o resultado da quinta fase do inquérito sorológico feito pela prefeitura, que testou 5,7 mil pessoas adultas em todo o município.
O estudo mostrou que a contaminação é seis vezes maior entre os mais pobres que entre os mais ricos. Entre as classes D e E, o percentual de contaminação ficou em 18,7% e, nas classes A e B, em 3,1%. A contaminação é também acima da média entre os negros (17,4%). Entre as pessoas brancas, o percentual é de 10,7%.
Apesar da grande diferença, foi constatado aumento do índice de pessoas que tiveram contato com o vírus na parte centro-oeste da cidade, onde ficam alguns dos bairros mais ricos do município. O percentual subiu de 5,2%, na etapa anterior da pesquisa, para 10,3%. O extremo leste tem, no entanto, o maior percentual de contaminados (19,6%), seguido pelo extremo sul (15,1%).
A possibilidade de trabalhar em casa apareceu como uma forma de proteção em relação ao vírus. Entre os que ficaram em regime de teletrabalho, o percentual de contaminação ficou em 7,2% e, entre os que tiveram que sair para trabalhar, em 18,9%. Os desempregados apresentaram percentual de 14,9% de contaminação pelo vírus.
A maioria das pessoas que teve contato com o vírus, mesmo tendo anticorpos, não apresentou sintomas, totalizando 61,8% de assintomáticos.
O último boletim divulgado pela prefeitura da capital paulista registra 18,9 mil mortes suspeitas ou confirmadas por covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
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