A taxa de transmissão (Rt) da covid-19 no Brasil subiu esta semana e voltou aos patamares de descontrole da doença. Na nova avaliação do Imperial College de Londres, o índice é de 1, ou seja, está no limiar dos níveis de descontrole. Isso significa que cada infectado transmite a doença para mais uma pessoa.
Na avaliação anterior, o país registrou a menor marca desde a intensificação da pandemia, com Rt em 0,90, mas não conseguiu manter a queda. Índices de 1 para cima indicam descontrole da transmissão e, com isso, o Brasil volta ao rol de nações com a doença sendo considerada ativa. Até agosto, o Brasil chegou a ficar por 16 semanas consecutivas com Rt acima de 1, sendo o país da América Latina com mais longa permanência nos altos patamares de transmissão.
O status do contágio continua sendo considerado lento a estagnado. Este é um dos indicadores que ajudam no controle da epidemia, mas, para se manter baixo, ele precisa estar alinhado com outros elementos, como números de novos casos e óbitos, taxa de ocupação de leitos, e dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).
Ranking
Mesmo aumentando a taxa de transmissão, o Brasil melhorou um lugar na comparação com os 72 países avaliados, ocupando a 50ª posição. Não há países da região latino-americana entre as dez piores marcas de transmissão esta semana. Guatemala aparece na 11ª posição, aumentando a Rt de 0,92 para 1,29 na comparação entre as últimas semanas epidemiológicas. Com as piores marcas da região, em seguida, aparece Honduras, que também teve um aumento elevado (de 0,45 para 1,21).
Assim como o Brasil, o Paraguai também voltou aos níveis de descontrole (de 0,97 para 1,11). Com índices acima de 1 estão ainda: Costa Rica (1,09), Venezuela (1,09), Argentina (1,08) e Panamá (1,06). Próximo a marca há o Chile (0,98), Peru (0,97), El Salvador (0,92), República Dominicana (0,92). Colômbia conseguiu manter a queda (0,84), além do México e Bolívia, ambos com Rt de 0,82, e o Equador (0,77). Já Cuba, Haiti, Nicarágua e Uruguai não estão no ranking.
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