MACHISMO

Funcionário público é exonerado após ofender professora por ela ser mulher

Na gravação que circulou em grupos de WhatsApp, o servidor dizia que era superior e ganhava um salário melhor por ter um órgão genital masculino

Hellen Leite
postado em 25/09/2020 11:45 / atualizado em 25/09/2020 12:54
 (crédito: FernandoLopes/CB/D.A Press)
(crédito: FernandoLopes/CB/D.A Press)

Um funcionário público da Prefeitura de Goianésia (GO) foi exonerado após um áudio de ele ofendendo uma professora viralizar nas redes sociais. Na gravação, Rayker Jeorge da Silva Oliveira diz que, por ser homem, é superior e mais inteligente do que a pedagoga.

"Só pelo fato de eu ter um órgão masculino entre as pernas já sou melhor que você. Entendeu? Só na escala da evolução tenho uma resistência física muito maior, tenho uma inteligência maior e ganho um salário melhor. Então, sou basicamente um deus e você é quem?", disse o servidor.

Em outra gravação atribuída a Rayker, ele pede desculpas à classe pedagoga, mas justifica que a professora também o ofendeu. "Conforme a discussão avançou, me exaltei um pouco nas palavras e, na tentativa de ofender essa pessoa, ofendi uma classe inteira de profissionais. Peço desculpa a todos os professores e pedagogos. As palavras eram dirigidas a uma pessoa e não a todos os profissionais", disse.

Rayker tinha cargo comissionado na Prefeitura de Goianésia como Assessor de Apoio Executivo desde 2017, com um salário de R$ 2.547,55. Ele foi exonerado na quinta-feira (24/9), no entanto, o nome dele ainda aparece como servidor ativo no Portal da Transparência do município.

Em nota, a prefeitura da cidade repudiou o conteúdo dos áudios e disse que reconhece a importância da classe dos professores. "A prefeitura de Goianésia repudia veementemente as declarações presentes em um áudio que circulou fazendo declarações aos profissionais da educação", diz a nota publicada no Instagram do prefeito da cidade, Renato de Castro.



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