O Ministério Público Federal (MPF) recorreu nesta segunda-feira (28/9) ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para a decisão de afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A ação foi enviada em julho deste ano, mas até esta semana não havia sido analisada pela 8ª Vara Federal no Distrito Federal (DF). A petição encaminhada pelo Ministério diz que a permanência de Salles traz consequências trágicas à proteção ambiental.
“A permanência do requerido Ricardo Aquino Salles no cargo de ministro do Meio Ambiente tem trazido, a cada dia, consequências trágicas à proteção ambiental, especialmente pelo alarmante aumento do desmatamento, sobretudo na Floresta Amazônica”, diz o MPF na ação.
O pedido faz faz parte da disputa entre o MPF e a União da Justiça FEderal em torna da permanência de Ricardo Salles na responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Em um trecho da petição, o Ministério Público diz que “caso não haja o cautelar afastamento do requerido do cargo de ministro do Meio Ambiente, o aumento exponencial e alarmante do desmatamento da Amazônia, consequência direta do desmonte deliberado de políticas públicas voltadas à proteção do meio ambiente, pode levar a Floresta Amazônica a um ‘ponto de não retorno’, situação na qual a floresta não consegue mais se regenerar”.
*Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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