Saúde

Ministério da Saúde descarta segunda onda de covid-19 em Manaus

De acordo com a pasta, não houve evolução significativa no número de internados e na ocupação de leitos de UTI

Agência Brasil
postado em 01/10/2020 20:50

O Ministério da Saúde descartou uma segunda onda de covid-19 na cidade de Manaus, durante a entrevista coletiva desta quinta-feira (1). Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, houve um aumento no registro de casos e no número de óbitos no sistema. 

"A gente verifica que houve um aumento de registro tanto de casos quanto de óbitos. São registros de casos que estavam aberto em meses anteriores", afirmou o secretário.  "A gente não consegue entender ainda de que estamos tratando de uma segunda onda na cidade de Manaus ou no estado do Amazonas como um todo. Muitas vezes, o registro de novos óbitos e novos casos que fazemos a cada dia não quer dizer que aqueles óbitos ou casos aconteceram naquele dia em que foram divulgados, mas que foram analisados e revisados", explicou. 

De acordo com a pasta, não houve evolução significativa no número de internados e na ocupação de leitos de UTI.

Campanha #NãoEspere

O Ministério da Saúde informou ainda que vai lançar uma campanha de conscientização para o tratamento precoce da covid-19. Por meio de nota, a pasta informou que a ação está sendo planejada e não tem data de lançamento definida. 

"O objetivo é fortalecer a campanha #NãoEspere e incentivar a prevenção, estimulando os brasileiros a buscar atendimento médico logo nos primeiros sintomas. As medidas são fundamentais para evitar casos graves da doença, internações e óbitos", diz a nota.

Boletim epidemiológico

O boletim diário do Ministério da Saúde, divulgado hoje, revela que o Brasil registrou 4.847.092 casos confirmados do novo coronavírus desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 728 óbitos e 36.157 novos casos confirmados.

Desse total, 144.680 casos resultaram em morte. Segundo o boletim, 73,3% dos óbitos foram em pessoas acima de 60 anos, dos quais são 58% homens e 42% mulheres.

Ao todo, 10,1% dos pacientes estão em tratamento (489.640); e 86,9% dos brasileiros que contraíram covid-19 estão recuperados (4.180.376). As autoridades de saúde ainda investigam se outras 2.440 mortes foram provocadas por coronavírus.  

O boletim também informou que, ao todo, 315 profissionais de saúde morreram por covid-19. Destes, 107 técnicos ou auxiliares de enfermagem, 62 médicos e 36 enfermeiros.

O Brasil permanece em segundo lugar com mais mortes provocadas pela covid-19 em todo o mundo, atrás apenas de Estados Unidos, que registra 204.642 óbitos pela doença. Em número de casos confirmados, o país está atrás de Estados Unidos (7.115.491) e Índia (6.312.584). Ao todo, há registro de 216 casos com registros de covid-19 pelo mundo.

O ministério distribuiu 11.165 ventiladores pulmonares pelo país, entre unidade de UTI e de transporte de pacientes. Ao todo, foram entregues 280,4 milhões de equipamentos de Proteção Individual (como máscaras, luvas e proteção facial). Também foram distribuídos 24 milhões de unidades de medicamentos pelo país.

Ao todo foram realizados 14.170.848 testes para detectar coronavírus no país pelo governo federal, dos quais 6.733.142 foram do tipo RT-qPCR e outros 7.437.706 do tipo sorológicos.

Vacina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou hoje que iniciou a análise do "primeiro pacote de dados" da vacina contra covid-19 em desenvolvimento pela Universidade de Oxford e pela empresa anglo-sueca AstraZeneca. 

Em nota, a agência reguladora afirma que isso não significa que já se possa chegar a uma conclusão sobre a qualidade, segurança e eficácia da vacina, pois muitos dados ainda precisam ser submetidos à análise.

Veja entrevista na íntegra

*Texto alterado às 20h01 para acréscimo de informações. 

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