Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta quinta-feira (22/10) apontam para crescimento no número de casos de Covid-19 no Brasil. Nas últimas 24 horas foram registrados 498 óbitos no país, e número de infectados aumentou consideravelmente em relação a quarta-feira (21/10). Na ocasião, 24.818 novos casos foram notificados, segundo o Ministério da Saúde.
Nesta quinta, o crescimento na quantidade de doentes foi de quase 10 mil novos casos em relação ao dia anterior: 33.862 casos confirmados. O total de infectados no país é de 5.332.634. Esta semana o maior número de mortes registrados foi na terça-feira (20/10), quando o Brasil teve 661 fatalidades.
O novo coronavírus já causou 155.900 mortes em todo o país. Os estados em situação mais grave são Rio de Janeiro, com 20.021, e São Paulo com 38.482 óbitos. O Distrito Federal tem 3.600 mortes notificadas. Os estados com os registros mais baixos de óbito por Covid-19 são Roraima, com 690, e Acre, com 685.
Segundo dados do Conass a maior taxa de letalidade no país é a do Rio de Janeiro, com 6,8% de mortes sobre o número de casos. Neste quesito, Pernambuco ocupa o segundo lugar, com 5,4% de letalidade.
Para José David Urbaez, diretor científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) do Distrito Federal, o Brasil segue descontrolado no número de casos. O especialista diz que o país perdeu a meta contaminados. “As pessoas estão julgando apenas por uma coisa muito grosseira, que é o número de mortes e número de casos. Mas a média de 400, quase 500 mortes no país por dia, e 20 a 30 mil novos casos significa uma alta circulação do vírus”, observa.
O especialista adverte que a queda está muito lenta e ainda há a possibilidade do número de diminuição de casos ser causado apenas pelo menor número de testagem. “Isso pode estar dando uma ilusão no número de casos, será que realmente o fenômeno é de queda ou simplesmente se deve à quantidade menor de testes?”, questiona.
Urbaez reconhece que o número de casos nas internações diminuiu, mas esse cenário pode mudar muito rápido caso haja descuido. “É preciso reiterar a necessidade do distanciamento, do uso de máscara e de zero aglomeração. Estamos muito longe de uma pandemia controlada e vários fatores dependem do comportamento em coletividade. Há cenários muito complexos no país, pessoas que podem ficar isoladas e outras que precisam utilizar o transporte público lotado e demoram duas horas para chegar no trabalho. Nessas situações a circulação do vírus é mais intensa”, esclarece.
*Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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