LAVA-JATO

MP busca R$ 230 milhões em bens ligados ao doleiro Dario Messer

Entre os imóveis do "doleiro dos doleiros" que a Procuradoria quer mandar a leilão estão uma cobertura no Leblon

Correio Braziliense
postado em 24/10/2020 07:00
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

A força-tarefa da Operação Lava-Jato no Rio pediu à 7ª Vara Federal Criminal do Estado que determine o depósito de R$ 137,5 milhões em conta judicial e ordene a venda de 33 apartamentos, casas e terrenos do Rio de Janeiro e São Paulo, com valor estimado em R$ 92,8 milhões, para restituir à União o patrimônio renunciado por réus em acordos de colaboração fechados com o Ministério Público Federal. Os bens eram de Dario Messer, de seus parentes Rosane e Denise Messer, e de seus operadores Rafael e Mario Libman.

Entre os imóveis do “doleiro dos doleiros” que a Procuradoria quer mandar a leilão estão uma cobertura no Leblon, sete apartamentos e um terreno na Barra da Tijuca e outros bens na Lagoa (casa), Copacabana (apartamento) e Leblon (duas salas comerciais). Já o pedido relacionado a Rosane Messer lista duas salas comerciais no Leblon e um apartamento em Ipanema. A liberação deste último para venda também precisa de aval da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, onde tramita outra ação.

Quanto a Rafael Libman, a solicitação da Lava-Jato envolve oito imóveis no Recreio, três na Barra, três em Botafogo, um em Vila Isabel e um do Leblon. Com relação ao pai de Rafael, Mario, operador ligado a Messer, os procuradores querem leiloar dois apartamentos no Itaim-Bibi e um na Vila Nova Conceição, ambos em São Paulo. Ele tem, ainda, uma lancha Coral 27 guardada em Angra dos Reis, que terá de ser avaliada –– modelos similares são anunciados por cerca de R$ 150 mil, diz a Procuradoria.

A força-tarefa da Lava-Jato também se manifestou sobre 10 telas de Di Cavalcanti, uma de Djanira e uma de Emeric Marcier, também já renunciadas pela família Messer. Está pendente de julgamento no Tribunal Regional Federal da 2ª Região um recurso da Procuradoria que quer tornar públicas as obras.

A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro tinha ordenado o leilão das telas, mas o MPF recorreu por considerar inestimável o valor desse patrimônio imaterial. Os procuradores sugeriram que a coletânea fosse doada ao Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e expostas a toda a sociedade.

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