Integrantes da União Nacional Indígena (UNI) se encontraram na tarde desta quinta-feira (5/11) com a chefe adjunta da delegação da União Europeia (UE) no Brasil, Ana Beatriz Martins. A pauta da reunião foi a possibilidade de viabilizar um encontro com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), além de um pedido de ajuda à UNI com informações que possam levar ao Tribunal Penal Internacional (TPI) um pedido de investigação de genocídio de indígenas. Representantes da UNI realizaram protestos em frente à embaixada de Portugal para conseguir agenda.
Durante a reunião, Ana Beatriz informou que todas as instituições da União Europeia entendem como importante as questões indígenas, mas disse que a demanda da UNI é ambiciosa. Segundo ela, o TPI entende que os povos indígenas têm direitos, mas que esse não é o trabalho da UE ou de uma embaixada.
O diretor da UNI e representante de 32 povos indígenas, Alessandro Turymatã, argumentou que o objetivo da União Nacional Indígena é pedir reparação histórica pelas violações cometidas aos povos indígenas no passado.
“Nós pedimos uma sensibilização e um apoio com relação a obtenção de documentos históricos que comprovem que aconteceram não só um, mas vários genocídios e que compõem, até hoje, o que podemos chamar de um epistemicídio dos povos originários”, contou o jurista da UNI Julio Cesar Calcagnotto sobre a demanda com o TPI.
Lista
Júlio também disse que foi pedida a criação de uma lista com empresas que promovem a sustentabilidade e uma blacklist com empresas que têm violação dos direitos sustentáveis ou exploração de territórios indígenas. Foi pedida, também, a apresentação internacional dessas listas junto à UE.
*Estagiária sob supervisão de Andreia Castro
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