O presidente Jair Bolsonaro anunciou, neste sábado (7/11), que 62% da energia elétrica do Amapá já foi restabelecida. Desde a última terça-feira (3/11), quase todo o estado sofre com um apagão causado por um incêndio que avariou transformadores da subestação da concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), administrada pela empresa espanhola Isolux.
O incidente foi registrado na subestação Macapá e levou ao desligamento automático da linha de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas de Coaracy Nunes e Ferreira Gomes. O fogo tomou conta da subestação e interrompeu cerca de 250MW de carga elétrica. Ao todo, 14 dos 16 municípios amapaenses ficaram sem energia.
Nas redes sociais, o presidente destacou uma série de ações que estão sendo adotadas pelas Forças Armadas para tentar contornar a falta de energia no estado. Segundo ele, Marinha e Aeronáutica levaram geradores e outros equipamentos para apoiar a população local enquanto o sistema de energia elétrica não volta ao normal por completo. "Transportam gêneros, combustível, água e pessoal. Até o momento 62% da energia já foi restabelecida no estado", informou Bolsonaro.
O fornecimento de energia elétrica aos moradores do Amapá tem sido feito de forma escalonada, segundo informou o Ministério de Minas e Energia (MME). Isso porque, nesta madrugada, o sistema elétrico de Macapá voltou a ser conectado à rede de Transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN) depois da conclusão de reparos em um dos transformadores da Subestação Macapá.
A pasta ressaltou que vai prezar "pela segurança e confiabilidade do atendimento de energia elétrica aos consumidores". Participam do esforço para o restabelecimento da energia elétrica, além do ministério, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Eletronorte, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e a LMTE.
"Já estão atendidos 80 MW de cargas, o que representa cerca de 33% da carga típica para o horário (cerca de 240 MW), sendo 40 MW pelo SIN e 40 MW pela UHE Coracy Nunes. A tomada de carga pela rede de distribuição é feita gradativamente, com necessidade de manobras em campo, levando um tempo natural para aumento da carga", explicou o MME.
Contratação emergencial
Na sexta-feira (6/11), o MME publicou uma portaria em edição extra do Diário Oficial da União que autoriza "a contratação, de forma célere, excepcional e temporária, de geração de energia elétrica no montante de até 150 MW, no Amapá, por até 180 dias ou em prazo inferior, quando houver reconhecimento pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) de condição satisfatória de atendimento ao Estado".
De acordo com a pasta, a Eletrobras Eletronorte providenciará a contratação, inicialmente, de 40 MW de geração de energia elétrica, montante determinado pelo CMSE durante uma reunião na quinta-feira (6/11).
"Considerando que o incidente não tem relação com a Eletronorte, que está apenas apoiando na ação emergencial do Estado do Amapá, os custos fixos e variáveis associados à geração acima mencionada serão cobertos por meio de encargos setoriais previstos para casos de restrição da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), mediante aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)", explicou a Eletrobras.
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