O Ministério da Saúde realiza, esta semana, uma série de reuniões com empresas responsáveis pela produção de imunizantes contra a covid-19. Representantes de cinco farmacêuticas devem assinar, junto à pasta, memorando de entendimento não vinculantes para possíveis futuras aquisições. São elas: Pfizer, Janssen, Sputinik, Moderna e Covaxin
Para as tratativas, no entanto, é necessário considerar uma série de premissas, como destacou o secretário-executivo de Saúde, Élcio Franco, durante coletiva da pasta nesta quinta-feira (19/11). Para poder ser considerada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), a candidata necessita oferecer segurança, eficácia, produção em escala e oferta em tempo oportuno para poder inserir a vacina. Além disso, o preço e condições logísticas acessíveis deve, ser consideradas.
"Somos um país de dimensões continentais, com 5.570 municípios, 8,5 milhões de quilômetros quadrados e fazemos vacina chegar a esses pontos. Então, as condições de armazenamento, de transporte e aplicação dessa vacina são muito importantes para podermos optar", explicou o secretário.
Segundo Franco, a aquisição de qualquer candidata só se dará conforme a legislação brasileira. "Legalmente, a vacina só vai existir para o Brasil quando estiver registrada na Anvisa".
Planejamento
Mesmo sem o registro da vacina, o Ministério da Saúde trabalha na organização do Plano de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19. "Quando elaboramos uma estratégia de vacinação é preciso pensar qual objetivo de vacinarmos a população. O fundamental objetivo é contribuir para redução de morbidade e mortalidade pela doença, mas também pela redução da transmissão", explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros.
Fazem parte desse grupo de trabalho diversas instituições ligadas à saúde, desde o próprio Ministério, aos conselhos nacionais e municipais de saúde (Conass e Conasems), agências, entidades, conselhos federais e instituições de produção de vacinas, incluindo Fiocruz e Instituto Butantan.
O grupo sintetizou dez eixos prioritários para estabelecer como será a vacinação contra a covid. Neles estão incluídas a identificação dos grupos de maior risco para adoecimento, agravamento e óbito; consideração do perfil da vacina (faixa etária na qual está registrada e que é mais eficaz, esquema de vacinação, dados de segurança, tipo de frasco, duração da vacina após o frasco aberto, condições de armazenamento); além de um monitoramento pós-vacinação, analisando necessidade de se reforçar a dose anualmente, avaliar efeitos colaterais, entre outras análises.
"Antes de termos a vacina, importante manter as recomendações de prevenção, como higienização das mãos, ambientes ventilados, uso de máscaras e uso de álcool em gel. Em caso de aparecimento de qualquer sintomas, a pessoa deve procurar imediatamente o serviços de saúde para o diagnóstico e tratamento precoce", alertou Arnaldo.
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