racismo

Questões raciais devem estar mais presentes nas eleições de 2022

Partidos políticos se organizam para lançar candidaturas que defendam políticas raciais

Sarah Teófilo; Wesley Oliveira
postado em 23/11/2020 06:00
 (crédito:  CARL DE SOUZA)
(crédito: CARL DE SOUZA)

Apesar de 2022 ainda estar longe, já há quem observe que a questão racial pode estar presente na próxima eleição presidencial. Isso porque Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão negaram a existência da discriminação pela cor da pele no Brasil. Enquanto o presidente disse ser “daltônico” e só enxergar “verde e amarelo”, o vice-presidente considerou que trata-se de uma questão “que querem importar”.

Presidente nacional do MDB Afro, Nestor Neto afirma que o partido deve se comprometer em montar equipes e trabalhar para que até as lideranças negras que não tiveram êxito nas campanhas municipais cheguem com força para a disputa nacional de 2022. Conforme disse, a agremiação vem passando por uma reformulação e está adotando um programa para que a sigla ofereça mais espaço para a diversidade.

“A ideia do MDB Afro é cobrar para que sejamos um partido com verdadeira representatividade e que possamos chegar em 2022 com uma candidatura que realmente defenda políticas raciais”, ressaltou.
Outro partido da centro que já se movimenta para chegar com uma pauta racial mais planejada, em 2022, o PSDB aposta no crescimento do movimento negro da legenda, o Tucanafro, presidido por Gabriela Cruz. Para ela, o Brasil vive, com o governo atual, um desmonte das políticas para a população negra, e isso terá que ser retomado com candidaturas fortes em 2022.

“O papel dos núcleos negros dos partidos deve ser o de ocupar os espaços e acabar com a sub-representação. Os partidos sempre foram espaços heteronormativos e brancos. A nossa luta é para acabar com isso”, garantiu. 

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