O advogado David Leal, responsável pela defesa de Giovane Gaspar da Silva, um dos acusados espancar até a morte João Alberto, no supermercado Carrefour, em Porto Alegre, afirmou que as lesões corporais causadas pelos réus do caso foram superficiais e não foram a causa da morte da vítima. David contou que a versão de Giovane é confirmada pelas imagens das câmeras de segurança do local.
Advogado de defesa de Giovane Gaspar contou que, segundo seu cliente, a vítima João Alberto estava "visivelmente sob efeito de entorpecente", o que lhe trouxe uma "força descomunal e olhos saltados".
"O meu cliente relata que ele (João Alberto) estaria com uma força descomunal, porque tudo o que eles faziam não era o suficiente para derrubá-lo, para contê-lo e para segurá-lo. Também estava com os olhos saltados. Provavelmente, a frequência cardíaca dele deve ter se elevado e, com essa força descomunal também que ele fez, pode ser que ele mesmo possa ter causado sua própria morte", declarou o advogado.
João foi agredido por cerca de cinco minutos, até que para de se mexer, como é possível ver nas imagens do circuito interno do mercado. Um vídeo que circulou ontem mostra também ele dizendo "me ajuda, vou morrer". O advogado David Leal disse que os peritos suspeitam de asfixia como causa da morte, possivelmente gerada pela pressão do joelho de Magno Braz Borges, outro acusado do caso, sobre o corpo da vítima.
A suspeita de uso de substâncias químicas por parte da vítima só será confirmada com o laudo toxicológico, que não está pronto. Segundo a delegada, a realização deste exame é algo padrão. O laudo também dirá se a causa da morte foi asfixia ou não.
*Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre Souza
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