SAÚDE

Expectativa de vida do brasiliense aumenta quase quatro meses

A expectativa de vida entre idosos também aumentou. A capital observa a terceira maior expectativa de vida aos 60 anos: 23,6 anos

Tainá Seixas
postado em 27/11/2020 06:00
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

A expectativa de vida média do brasiliense, em 2019, é de 79 anos, praticamente. A informação é da Tábua Completa de Mortalidade, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada ontem. De uma forma geral, no Brasil a estimativa das mulheres é maior (80,1 anos) que a dos homens (73,1 anos).

De acordo com o relatório, no caso do brasiliense houve um aumento de 3,6 meses em relação a 2018, quando a média era de 78,6 anos. Quando comparado com 2010, o aumento é de 2,65 anos –– à época, a expectativa de vida, ao nascer, no Distrito Federal, era de 76,2 anos.
A capital do país, aliás, registrou a 4ª maior expectativa de vida ao nascer em 2019, atrás apenas de Santa Catarina (79,9 anos), do Espírito Santo (79,1 anos) e de São Paulo (78,87 anos). A média nacional ficou em 76,6 anos.

No Distrito Federal, a expectativa de vida dos homens aumentou de 74,9 anos, em 2018, para 75,2 anos, em 2019. Este recorte também ocupa o 4º lugar entre as unidades da Federação. No caso das mulheres, a estimativa passou de 82,0 para 82,2 anos, ocupando o 3º lugar no Brasil.
A diferença da expectativa de vida ao nascer entre homens e mulheres na região é de sete anos, mesmo valor registrado para o Brasil. O dado é calculado com base na média de idade da morte das pessoas no Brasil, no ano anterior.

Outra informação trazida pela Tábua de Mortalidade é de que o Distrito Federal registrou 9,9 mortes de bebês para cada mil nascidos vivos. Isto representa a 7ª menor taxa de mortalidade infantil no Brasil. Em 2018, o índice foi de 10,1 por mil e foi maior entre os meninos (10,6) que entre as meninas (9,2).

A expectativa de vida entre idosos também aumentou. A capital observa a terceira maior expectativa de vida aos 60 anos: 23,6 anos. São 21,3 anos entre os homens e 25,5 anos entre as mulheres. Fica atrás apenas do Espírito Santo (24,4 anos) e de Santa Catarina (24,2 anos).
Já aos 65 anos, o cálculo de duração de vida, em 2019, era de 19,58 anos. Ou seja, uma pessoa de 65 anos, no Distrito Federal, vive, em média, até os 84,6 anos, sendo 82,6 anos entre os homens e 86,2, as mulheres.

A probabilidade de uma pessoa de 60 atingir 80 anos aumentou 62% no Distrito Federal, de 1980 a 2019. Há 39 anos, cerca de 402 cidadãos entre mil alcançaram as oito décadas de existência, mas, atualmente, esse valor é de 650,53. Assim, a capital é a 3ª unidade da Federação com maior probabilidade de um idoso de 60 chegar aos 80, atrás do Espírito Santo (655) e Santa Catarina (651,47).

Dados nacionais

Dados preliminares apontam que a expectativa de vida ao nascer do brasileiro ficou em 76,6 anos no ano passado, ante 76,3 anos em 2018. Historicamente, a diferença de expectativa de vida ao nascer entre mulheres e homens é explicada pela violência, já que eles têm mais chances de morrer de causas externas não naturais do que elas.

Em 2019, um homem de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não chegar aos 25 anos do que uma mulher da mesma faixa etária, segundo o IBGE. A maior diferença está na faixa etária entre 15 e 34 anos. A partir dos 45 anos de idade, a “sobremortalidade masculina” fica abaixo de 2,0 vezes.
“Este fenômeno pode ser explicado pela maior incidência dos óbitos por causas externas ou não naturais, que atingem com maior intensidade a população masculina”, diz a nota divulgada, ontem, pelo IBGE, que relaciona o impacto negativo da violência com a urbanização.

A Tábua Mortalidade de 2019 mostrou, também, mais uma queda na mortalidade infantil, medida pela taxa de óbitos de menores de cinco anos por mil nascidos vivos. Em 2019, a taxa foi de 14,0 por mil, ante 14,4 por mil em 2018. Segundo o IBGE, das crianças que vieram a óbito antes de completar cinco anos de idade, 85,6% teriam a chance de morrer ainda no primeiro ano de vida e 14,4%, de vir a falecer entre um e quatro anos de idade. Quando se considera a taxa de óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos, a mortalidade infantil de 2019 ficou em 11,9 por mil.

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