Uma equipe da NSC TV, de Florianópolis, foi atacada por banhistas que desrespeitavam uma determinação estadual que proíbe a permanência na faixa de areia das praias. Após intimidar a repórter Bárbara Barbosa e o cinegrafista Renato Soder, um dos homens retirou à força o celular da jornalista, para que ela não pudesse mais filmar o que acontecia.
Segundo a emissora publicou em seu site, os profissionais estava no local para apresentar uma reportagem ao vivo da praia. Eles acabaram abordados por dois homens e uma mulher. Um dos homens, segundo diz a jornalista no vídeo, ameaçou quebrar os equipamentos. O outro foi o que lhe tirou o celular das mãos. Assista abaixo:
A emissora informa que acionou a Guarda Municipal e a Polícia Militar e que pretende registrar boletim de ocorrência sobre a ameaça e a agressão sofrida pelos dois profissionais. "O ataque e a agressão à equipe da NSC, nesta segunda-feira na Praia do Campeche, são uma tentativa de impedir o trabalho da imprensa, de levar os fatos ao conhecimento público - o que é garantido pela Constituição federa", afirma a emissora em nota.
"Atitudes como esta, que infelizmente mostramos no Jornal do Almoço, estão se repetindo no país inteiro. Mas elas revelam e fortalecem a importância do nosso trabalho. Os agressores responderão pelos seus atos. E nós vamos continuar fazendo o que fazemos: jornalismo profissional, independente e essencial para a sociedade catarinense", conclui o texto.
Entidades representativas da imprensa também se manifestaram em apoio à NSC. Uma delas foi a Associação Nacional de Jornais: "A Associação Nacional de Jornais (ANJ) lamenta as agressões sofridas hoje por profissionais de jornalismo da NSC TV, na Praia do Campeche, em Florianópolis. Foi uma atitude covarde, autoritária, intolerante e que demonstra falta de compreensão do papel dos jornalistas na sociedade. Além das agressões verbais e físicas, condenáveis em qualquer situação, o que houve foi também uma tentativa de impedir que a verdade chegue ao conhecimento dos cidadãos. Portanto, se trata de um ataque ao direito das pessoas de serem livremente informadas. A ANJ espera que os agressores sejam identificados e encaminhados à Justiça, para que sejam punidos nos termos da lei."