Justiça

Caso Mari repercute nas redes sociais, no STF e no governo federal

Ministro Gilmar Mendes criticou fortemente os múltiplos constrangimentos sofridos pela influenciadora digital Mariana Ferrer. Senadora Leila Barros e clubes de futebol repudiaram a violência contra mulher

O assunto sobre a consideração de inocência pela Justiça de Santa Catarina do empresário André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a jovem catarinense Mariana Ferrer, de 23 anos,repercutiu entre os internautas, personalidades e times de futebol nesta terça-feira (03).

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, lamentou as ofensas que Mariana sofreu durante o julgamento."As cenas da audiência de Mariana Ferrer são estarrecedoras. O sistema de Justiça deve ser instrumento de acolhimento, jamais de tortura e humilhação. Os órgãos de correição devem apurar a responsabilidade dos agentes envolvidos, inclusive daqueles que se omitiram", escreveu no twitter.

A ministra do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse que pediu a apuração do caso. "Alguns se manifestaram hoje sobre o julgamento da acusação de estupro em SC, após verem o vídeo, mas nós já pedíamos apuração das condutas quando saiu a sentença", informou. 

Já a senadora Leila Barros (PSB-DF), considerou a decisão como aberração. "A tese de estupro culposo, além de uma aberração jurídica, é perigosa. Abre precedentes justamente no momento em que se batalha para conscientizar a sociedade, sobretudo os homens, de ue sexo sem consentimento é estupro",disse a senadora.

Clubes de futebol como o Corinthians também se manifestaram contra a decisão. "A violência física e psicológica contra a mulher é inaceitável. Denuncie! Ligue 180!" disse o clube. "Estupro é estupro! Em qualquer lugar. Em qualquer situação", postou o Cruzeiro Esporte Clube.

O ator Bruno Gagliasso também comentou a sentença. "Vai ficar fácil para criminoso assim, né?", disse. Já a cantora Anitta postou que admiro a coragem da Mariana "de uma forma que ela nem imagina".

 

Estagiário sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza