SAÚDE

IBGE: Cai o consumo de tabaco, mas aumenta o de bebida alcoólica

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, em sete anos, as mulheres passaram a consumir mais bebidas alcoólicas; homens diminuíram consumo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (18/11), os resultados referentes a 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O levantamento mostra que o consumo de produtos derivados do tabaco pelos brasileiros caiu 2,1% em relação a 2013. Já o consumo de bebidas alcoólicas mostrou um aumento de 2,5 pontos percentuais (p.p.).

A pesquisa avalia a percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal, e inclui dados do Ministério da Saúde. No ano passado, brasileiros com 18 anos ou mais que faziam uso diário ou ocasional de produtos derivados de tabaco somaram 12,8% da população, ou seja, 20,4 milhões de pessoas. Em 2013, o mesmo levantamento indicou que 14,9% das pessoas mantinham esse hábito.

A PNS indicou ainda que a população brasileira, de um modo geral, tem consumido mais bebidas alcoólicas. Em 2019, 26,4% da população tinham o hábito de consumir álcool pelo menos uma vez na semana. O resultado indica um aumento de 2,5 p.p. em relação a 2013.

Mulheres beberam mais

O levantamento mostra que, nos últimos sete anos, as mulheres passaram a consumir mais bebidas com álcool em sua composição. Em 2013, a proporção de mulheres que consumiam esse tipo de bebida era de 12,9%, enquanto os homens representavam 37,1%. A PNS de 2019 mostrou aumento de 4,1 p.p, ou seja, 17% da população feminina do país consumiu álcool ao menos uma vez na semana em 2019.

Os homens, por outro lado, mostraram leve queda em 2019: 36,3% assumiram beber bebidas alcoólicas uma vez a cada sete dias.

Álcool X volante

A quantidade de brasileiros que dirigiam carro ou motocicleta após consumir bebida alcoólica, no ano passado, foi de 7,2 milhões de pessoas. Os homens são a maioria, 20,5%, contra 7,8% das mulheres. Brasileiros com idades entre 25 e 39 anos são os que mais infringem a legislação nesse aspecto (21,2%); os idosos somam a menor proporção (11%).

A população da região Norte é a que mais burla a Lei Seca, cerca de 23,4%. Em seguida, aparecem Sul e Sudeste, ambos com 14,8%. A região rural também é a que mostra maior incidência de motoristas e motociclistas que dirigem após consumir bebidas alcoólicas, com 22,5%, contra 16,2%, na área urbana.

*Estagiárias sob supervisão de Andreia Castro

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