Plano de vacinação será em 4 fases

Bruna Lima
postado em 02/12/2020 01:17 / atualizado em 07/12/2020 12:57

O Ministério da Saúde anunciou, ontem, que a campanha de vacinação contra a covid-19 será dividida em quatro fases, começando por idosos, indígenas e profissionais da saúde. Mas, o plano será mesmo definido quando houver o registro dos imunizantes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), quando serão traçadas estratégias específicas.

Em um primeiro momento, ainda sem data definida, serão vacinados os idosos a partir dos 75 anos, pessoas com mais de 60 anos e que vivem em asilos ou instituições psiquiátricas, profissionais da saúde e indígenas. Depois, entram pessoas de 60 a 74 anos.

“A terceira fase prevê a imunização daqueles com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares). A quarta, e última, deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade”, detalhou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério, Francieli Fantinato.

Ela salientou que a soma dos grupos deve contemplar 109,5 milhões de pessoas imunizadas com a aplicação de duas doses. Mas uma vez foi frisado que a população brasileira não será toda vacinada.

A pasta estima a compra de 300 milhões de agulhas e seringas, dentro do mercado nacional, e outras 40 milhões a serem adquiridos no exterior, que serão distribuídas em todo o país. O edital para a aquisição será lançado na próxima semana.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, frisou que o plano só ficará pronto após o aval da Anvisa para os imunizadores.

Sobre quais vacinas podem ser distribuídas, o ministério indicou que as desenvolvidas com a tecnologia RNA correm o risco de ficar de fora devido às baixas temperaturas requeridas para o armazenamento. Assim, a da Pfizer e a da Moderna tem chances menos de serem adotadas — cuja eficácia é de 95% e 94%, respectivamente.

“Desejamos que a vacina seja fundamentalmente termoestável por longos períodos, em temperaturas de 2 a 8 graus, porque a nossa rede de frios é montada e estabelecida com essa temperatura”, explicou Medeiros, que não foi taxativo sobre a exclusão de qualquer medicamento, seja o da Pfizer ou da Moderna.

O ministro Eduardo Pazuello já dissera, anteriormente, não afastar nenhuma das que estarão disponíveis. Estão garantidas ao Brasil 142,9 milhões de doses de vacinas, sendo 100,4 milhões pelo acordo entre a Fundação Oswaldo Cruz e a AstraZeneca e 42,5 milhões pela Covax Facility, fundo multilateral para aquisição de imunizantes contra a covid-19.

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