Natalidade

Cai número de nascimentos e de mães jovens, diz IBGE

De acordo com o IBGE, a queda nos nascimentos ocorreu em todas as regiões, sendo que, no Sudeste (-4,0%) e no Nordeste (-3,3%), os recuos foram superiores à média nacional (-3,0%)

Correio Braziliense
postado em 09/12/2020 12:55
 (crédito: PxHere)
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Os brasileiros tiveram menos filhos em 2019 depois de dois anos de altas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo foi de aproximadamente 3,0% ante 2018. Foram 2.888.218 registros de nascimentos em 2019, sendo que, desse total, 2.812.030 se referem a crianças nascidas em 2019 e registradas no mesmo ano, enquanto cerca de 3,0% (76.188) correspondem a pessoas nascidas em anos anteriores ou com o ano de nascimento ignorado. Em 2019, o número de registros de nascimentos foi o terceiro menor em dez anos, superando apenas os de 2016 e 2010.

De acordo com o IBGE, a queda nos nascimentos ocorreu em todas as regiões, sendo que, no Sudeste (-4,0%) e no Nordeste (-3,3%), os recuos foram superiores à média nacional (-3,0%). No Norte (-0,8%), no Centro-Oeste (-1,8%) e no Sul (-2,4%), as quedas foram menos intensas.

Entre as unidades federativas, o Rio de Janeiro apresentou a maior retração (-5,4%) proporcional de nascimentos frente a 2018, seguido por Rio Grande do Norte (-4,7%), Alagoas (-4,7%) e Maranhão (-4,5%).

O IBGE constatou ainda qu, nas últimas duas décadas, houve uma mudança estrutural na idade em que as mulheres têm filhos. Em 1999, os registros de nascimentos cujas mães tinham menos de 30 anos eram 76,3% do total, caindo para 62,5% em 2019.

Em 1999, mais de 30% dos nascimentos eram de genitoras entre 20 a 24 anos de idade. Em 2019, a participação desse grupo (24,5%) diminuiu e se aproximou do grupo de 25 a 29 anos (23,8%) e daquele de 30 a 34 anos (21,1%).

Contudo, acrescenta o IBGE, a região Norte tem a proporção mais elevada de mães jovens: 28,8% dos registros de nascimentos de 2019 eram de crianças cujas mães tinham entre 20 a 24 anos e 20,5%, de mães com menos de 20 anos. Já a proporção de nascimentos cujas mães tinham 30 anos ou mais (27,5%) é inferior à média nacional (37,4%).

Por outro lado, tanto no Sudeste (41,8%) como no Sul (40,9%), a proporção dos nascimentos cujas mães tinham 30 ou mais de idade já passa dos 40%.

O IBGE destacou ainda que a estimativa do sub-registro de nascimentos demonstrou queda entre 2017 (2,6%) e 2018 (2,4%). Portanto, 97,6% dos nascimentos ocorridos em 2018 foram registrados no mesmo ano ou até o 1º trimestre de 2019. Em 2016, a estimativa de sub-registro de nascimentos foi de 3,2% e, em 2015, de 4,2%.

Já a estimativa do sub-registro de óbitos foi de 4,0% em 2018, indicando que 96,0% dos óbitos ocorridos em 2018 foram registrados no mesmo ano ou até o 1º trimestre de 2019. Em 2016, a estimativa de sub-registro de óbitos foi de 4,4% e, em 2015, de 4,9%.

O IBGE adotou, no ano passado, uma nova metodologia para mensurar o sub-registro de nascimentos e óbitos referente aos anos de 2015, 2016, 2017 e, agora, 2018. A nova metodologia não é comparável à anterior, cuja série histórica foi finalizada no ano de 2014.

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