MORTE NO CARREFOUR

Polícia indicia seis pessoas pela morte de João Alberto

Inquérito aponta racismo estrutural e que homem negro espancado por seguranças no dia 19 de novembro, em um supermercado da rede Carrefour, morreu por asfixia

Bruna Pauxis*
postado em 11/12/2020 12:17 / atualizado em 11/12/2020 12:21
 (crédito: Reprodução/Redes sociais)
(crédito: Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou, nesta sexta-feira (11/12), seis pessoas pela morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, homem negro brutalmente assassinado no supermercado Carrefour da Zona Norte de Porto Alegre, no dia 19 de novembro. A acusação alega homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Os indiciados são: dois funcionários do supermercado, Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende; dois seguranças, Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges; um funcionário da empresa Vector, Paulo Francisco da Silva; e Adriana Alves Dutra, funcionária que tentou impedir a gravação.

O inquérito aponta o racismo estrutural no crime, com atos de discriminação “desproporcional”, no que se refere à quantidade de pessoas envolvidas na ação, contra um só homem. “Temos convicção, sim, de que  se  a vítima fosse outra, alguém de uma condição social e econômica diferente de João Alberto, a situação poderia ser outra, certamente”, afirmou a delegada Roberta Bertoldo, que investiga o caso.

O inquérito revela também, após análise de profissionais, a causa da morte de João Alberto: asfixia. Giovane Gaspar da Silva, 24 anos, e Magno Borges Braz, 30 anos, estão presos desde o dia do crime. Junto a eles está Adriana Alves Dutra, 51 anos, que estava presente na hora do crime e impediu gravações.

Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

 

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