Dos 65 hospitais de campanha abertos no estado de São Paulo durante a pandemia de covid-19, 36 ainda funcionam, informou a regional do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-SP). No total, seis hospitais foram postos em atividade pela gestão estadual e os demais, por prefeituras.
Em algumas localidades, foi instalada mais de uma unidade, com administração de mais de uma esfera de governo. Em Campinas, por exemplo, foram inaugurados três hospitais de campanha, sendo dois de gestão municipal e um de coordenação estadual. No município, um dos hospitais, que resultou da adaptação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Carlos Lourenço, funcionou exclusivamente para internação de pacientes com covid-19 no período de 18 de junho a 30 de agosto, sendo desativada em setembro.
Até esta terça-feira (8), o estado de São Paulo contava 1.296.801 casos confirmados de covid-19 e 43.282 óbitos. Campinas respondia por 38.579 casos, ocupando o segundo lugar na lista, atrás da capital.
Balanço feito na última quarta-feira (9) mostra que o total de casos subiu para 1.306.585. Segundo contagem da prefeitura de Campinas, o município passou a contabilizar 45.296 casos confirmados e 1,4 mil mortes.
Auditoria
De acordo com o Tribunal de Contas de São Paulo (TCE-SP), que realizou uma auditoria para fiscalizar a alocação de recursos durante a crise sanitária, de março a agosto, foram implementados 56 hospitais de campanha para atender o estado. Até o fim de outubro, quando o relatório foi encerrado, foram aplicados R$ 412,8 milhões na manutenção dos hospitais.
Juntas, as unidades analisadas pelo TCE-SP abrigaram 368 leitos de unidade de terapia intensiva (UTII), 1.427 leitos hospitalares de especialidades e 941 de observação.
Ao divulgar o relatório, o tribunal soltou nota na qual demonstra preocupação com a alta dos índices da doença no estado.
No dia 30 de novembro, um dia após o segundo turno das eleições municipais, o governado estadual anunciou o recuo de todas as regiões do estado a uma fase mais restritiva no Plano São Paulo. Conforme explicado na ocasião, a regressão à Fase Amarela vale até 4 de janeiro e implica, entre outras medidas, a retomada de restrições ao horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais.
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