Mantendo o ritmo de crescimento acelerado de infecções pela covid-19, o Brasil ultrapassou, ontem, o patamar de 185 mil mortes, ao acrescentar novos 823 registros e 52.544 novas infecções, segundo o Ministério da Saúde. Com os números, o país soma 185.650 óbitos e 7.162.978 diagnósticos positivos.
A nova onda de aumentos, que ocorre desde novembro, tem feito a média diária de infecções e mortes subir. Na última quinta-feira, o Brasil atingiu a maior média móvel de casos desde o início da pandemia, de acordo com análise do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde. Ontem, o indicativo diminuiu um pouco, mas continua na casa das 46 mil infecções diárias. Segundo o Conass, por dia são registrados, em média, 46.679 casos e 745 óbitos.
Com a média móvel de casos alta apontada pelo conselho, o país já ultrapassou o acumulado de mortes da 50ª semana epidemiológica: 4.527 óbitos, sem os acréscimos de ontem, fecham o período. Na 51ª, foram 4.495 óbitos.
O país também deve fechar a 51ª semana epidemiológica com aumento de casos em relação à 50ª. Nos últimos quatro dias, foram, consecutivamente, mais de 50 mil registros a cada atualização. Para ultrapassar os números da 50ª semana, o Brasil precisa registrar, hoje, dia do fechamento da 51ª, 20.099 novas infecções, sendo que a média móvel é mais do que o dobro.
Das 27 unidades da Federação, 24 registram números acima de mil mortos pelo novo coronavírus. São Paulo (44.878) e Rio de Janeiro (24.351) são os dois estados com mais de 20 mil óbitos cada. Minas Gerais também ultrapassou soma 11.009 vidas perdidas. (BL e MEC)
Mourão defende restrição a quem não se vacinar
Na contramão do que prega o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que considera “normal” a imposição de restrições a quem se recusar a ser vacinado contra covid-19. Ele comparou a medida à exigência de vacina contra febre amarela para viagens ou ingresso no serviço público.Na última quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a vacinação contra o novo coronavírus pode ser obrigatória. Apesar de entender que a imunização não deve ocorrer à força, a Corte definiu que podem ser aplicadas sanções administrativas contra quem se recusar a receber as doses, como o impedimento de acessar serviços e lugares. “É o caso, por exemplo, de vacina da febre amarela. Você só viaja para determinadas regiões tendo sido vacinado. Nas Forças Armadas, para ingressar tem que apresentar certificado de algumas vacinas. Isso poderá ocorrer num futuro. É uma coisa normal isso”, disse, na chegada ao Palácio do Planalto.
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