FIM DE ANO

Suzane Von Richthofen deixa prisão em São Paulo para saidinha de Natal

Em razão da pandemia, esta é a primeira "saidinha" concedida a detentos este ano. Além de Suzane, outros presos do regime semiaberto foram liberados e voltam aos presídios em 5 de janeiro

Edis Henrique Peres*
postado em 22/12/2020 17:32 / atualizado em 22/12/2020 17:33
 (crédito: Reprodução/TV Vanguarda)
(crédito: Reprodução/TV Vanguarda)

Condenada a 39 anos de prisão por matar os pais em 2002, Suzane Von Richthofen deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo, na manhã desta terça-feira (22/12). É a primeira saída temporária do ano, em razão da pandemia provocada pelo novo coronavírus, e vale apenas para detentos que estão no regime semiaberto no estado de São Paulo.

Suzane saiu da prisão feminina em torno das 8h15, usando máscara, assim como os demais detentos, que devem retornar aos presídios de origem até o dia 5 de janeiro. A progressão de regime fechado para semiaberto no caso de Suzane ocorreu em outubro de 2015. Ela teve a primeira “saidinha” no período da Páscoa, em março de 2016.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP), tentou, durante a última semana, proibir a saída de detentos do estado durante as festas de Natal e Ano Novo. O órgão defendeu na ocasião que a liberação era um risco para os presos, funcionários e também para a sociedade devido ao novo coronavírus. Contudo, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a decisão de liberar os presos temporariamente durante o fim de ano.

Não somente Suzane, mas presas como Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga; e Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni, tiveram o direito à saída temporária.

Sem saídas em 2019

Após ser flagrada em festa de casamento no bairro Estoril, em dezembro de 2018, a juíza Wania Regina da Cunha, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, no interior de São Paulo, suspendeu três saídas temporárias de Suzane no ano de 2019.

A juíza considerou que o ato de Suzane foi uma falta grave, por isso ficaram suspensas as saídas para a Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Pais. Isso porque no acordo do regime semiaberto, Suzane deveria permanecer no endereço informado para a saída: a casa do namorado, localizada em Angatuba.

Contudo, a defesa de Suzane entrou com um pedido de habeas corpus para garantir as saídas, sob a justificativa de que Suzane estava em um casamento às 16h40, e que a portaria determinava que ela estivesse no local indicado, a casa do namorado, das 21h às 8h.

Somente em abril o desembargador José Damião Cogan, da 5° Câmara de Direito Criminal de São Paulo, derrubou a decisão da juíza, mas Suzane já havia perdido a saída da Páscoa.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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