Vacina

Covid-19: Pfizer reconsidera e vai solicitar uso emergencial de vacina

Anteriormente, a farmacêutica havia decidido não entrar com a solicitação, devido à burocracia. Após reunião com Anvisa e alteração de exigências da agência, decisão foi reconsiderada

Bruna Lima
postado em 30/12/2020 17:01
 (crédito: Matthias Bein/AFP)
(crédito: Matthias Bein/AFP)

A farmacêutica Pfizer voltou atrás e admite a possibilidade de entrar com pedido de uso emergencial da vacina contra a covid-19, possibilitando o adiantamento das aplicações em grupos específicos, no Brasil. A mudança foi anunciada após reunião, nesta quarta-feira (30/12), com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Anteriormente, a empresa chegou a anunciar que não iria recorrer ao procedimento de urgência por concluir ser mais célere submeter a vacina aos trâmites normais de autorização.

Logo após o anúncio da Pfizer, a Anvisa alterou dois pontos dos requisitos mínimos para submissão de pedido de autorização de uso emergencial, destacados como entraves pela farmacêutica. Pelas novas regras, não é mais necessário especificar a quantidade de doses prontas para importação e disponibilização, sendo suficiente uma previsão. A outra mudança é relativa ao termo de consentimento que deveria ser assinado pelos voluntários, que será substituído por documento simples e de fácil compreensão do voluntário, dispensando dados específicos e técnicos, tal como está sendo realizado no Reino Unido.

As alterações foram revistas pela Pfizer, que reconsiderou o pedido. “Ao longo do encontro, e diante dos esclarecimentos feitos pela Agência, a empresa entendeu que há a possibilidade de a Anvisa modular pontos específicos do Guia de Submissão para Uso Emergencial, possibilitando uma maior agilidade na submissão desse tipo de processo”, disse a farmacêutica em comunicado.

“Uma nova reunião técnica será realizada e, com base nessa discussão adicional e no andamento das negociações com o Governo Brasileiro, a Pfizer irá avaliar a possibilidade de solicitar o uso emergencial”, completou. Paralelamente a esse processo, a farmacêutica continuará dando andamento aos trâmites para o registro da vacina.

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