Covid-19

É remota a chance de vacina na rede privada no 2º semestre de 2021

Segundo a Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC), a expectativa para o início da comercialização de um futuro imunizante contra a covid-19 é nula em um cenário de curto prazo

A busca por uma vacina contra o novo coronavírus movimenta não só os governos de diversos países, mas também a rede privada de saúde. No Brasil, a expectativa para o início da comercialização de um futuro imunizante contra a covid-19 é nula em um cenário de curto prazo. Segundo a Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC), a chance do início de vacinação na rede privada acontecer no segundo semestre de 2021 é plausível, mas remota.

A afirmação é do presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa. Em entrevista ao Correio, o gestor da entidade admitiu que apesar das tratativas com diversas farmacêuticas do mundo, não há previsão definida para que as clínicas privadas de vacina comecem a vacinar. “Esse cenário de curto prazo não existe [...] A expectativa de ter algo no segundo semestre de 2021 é plausível, mas pequena”, afirma.

O presidente da associação afirma que o principal problema no momento é a quantidade de imunizantes que estará disponível em um primeiro momento. “Caso o mundo tivesse uma quantidade grande de imunizantes, não estaríamos com esse questionamento. Como não tem, a gente concorda que essa prioridade tem que ser dada para o governo”, pondera.

Uso emergencial

Geraldo Barbosa acrescenta que a rede privada só poderá comercializar um imunizante quando este estiver registrado definitivamente na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na última quarta-feira, a Anvisa definiu os requisitos para pedidos de uso emergencial de vacinas. No entanto, só quem poderá usufruir dos imunizantes de uso emergencial aprovados pela agência é a rede pública de saúde.

De acordo com o gestor, a procura por uma vacina contra covid-19 já movimenta clientes de clínicas de vacina. Para ele, é preciso alertar a população que essa vacina só estará disponível na rede privada depois que a Anvisa de fato registrar o imunizante. “Infelizmente a quantidade de fake news aumentou muito. Com a internet e a possibilidade de compra virtual, as pessoas podem achar que estão adquirindo um produto seguro, mas não estão”, indica.