O Instituto Adolfo Lutz (IAL) segue a análise de duas amostras de possíveis casos da nova linhagem mais contagiosa da covid-19, descoberta pelo Reino Unido. Os resultados eram esperados para este sábado (2/1), mas o laboratório precisou solicitar novos dados e, por isso, a resposta deve ser dada somente na segunda (4/1).
"As análises preliminares ainda não permitiram confirmar que o vírus pertence a linhagem B.1.1.7 e o IAL solicitou ao Dasa uma quantidade maior de material genético para a continuidade das avaliações", disse o instituto, em nota.
De acordo com estudos apresentados no Reino Unido, a nova variante é de 50 a 74% mais contagiosa, mas não se sabe se a cepa é mais ou menos letal do que as já conhecidas. O IAL, no entanto, contesta. "É importante ressaltar que não está cientificamente provado que a linhagem destas amostras são mais virulentas ou tem maior poder de transmissibilidade".
A cepa já foi encontrada em vários países, incluindo China, Canadá, Estados Unidos, Portugal, França, Jordânia, Coreia do Sul e Chile.
Diante das investigações brasileiras para averiguar se chegou ao país a variante, a Agência Nacional de Vigilância em Sanitária (Anvisa) publicou , na sexta-feira (1), uma nota técnica recomendando aos laboratórios adoção de medidas que favoreçam diagnósticos mais amplos, capazes de detectar a variante.
A nota com informações sobre o impacto da descoberta nos diagnósticos da doença recomenda, por exemplo, "a utilização de produtos voltados a diferentes alvos virais". Segundo o documento, "a maioria dos ensaios moleculares do tipo PCR (reação de cadeia de polimerase) regularizados no Brasil utilizam mais de um alvo, o que reduziria o impacto ao diagnóstico".
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