SAÚDE

Capitais enfrentam risco de colapso nos leitos de UTI

No Distrito Federal, a taxa de ocupação das UTIs dos hospitais públicos alcançou 88,56%, enquanto de hospitais privados é de 71,86%

Natália Bosco*
Carinne Souza*
postado em 08/01/2021 06:00
 (crédito: AFP / SILVIO AVILA)
(crédito: AFP / SILVIO AVILA)

O reflexo das festas de final de ano pode ser percebido agora com o aumento de casos do novo coronavírus e o colapso de vários sistemas de saúde estaduais e municipais. Cidades como Rio de Janeiro, Belos Horizonte, São Paulo e Manaus têm enfrentado superlotação dos hospitais nos últimos dias. A taxa de ocupação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) para a covid-19 na capital fluminense, por exemplo, é de 93%, e a perspectiva é de que, com exatos 200.498 mortos –– segundo os números do Ministério da Saúde ––, chegue aos 100% de ocupação nas próximas horas.

A mesma estimativa pode ser feita para o Distrito Federal, cuja taxa de ocupação das UTIs dos hospitais públicos alcançou 88,56%, enquanto de hospitais privados é de 71,86%. No caso de Porto Alegre, a rede está 84,4% ocupada. Em Manaus, o índice é de 75,27 e, em Salvador, de 69%. São Paulo está em aproximadamente com65%.

Segundo dados do Conselho Nacional de Secretaria de Saúde (Conass), o país conta com quase 20 mil leitos habilitados para atender quadros graves da doença. No caso de novos leitos habilitados no país, houve um avanço em dezembro do ano passado, que dobrou em relação a novembro e chegou a 3.418 –– ante 1.066.

O número de casos diários nessas cidades chama atenção das autoridades públicas e alerta especialistas para o efeito das aglomerações e viagens durante as festas de Natal e ano-novo. O médico infectologista do Hospital das Forças Armadas (HFA) Hemerson Luz salienta que o reflexo dessas ações será percebido agora.

* Estagiárias sob a supervisão de Fabio Grecchi

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