Mesmo com todas as doses da CoronaVac oficialmente incorporadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI), o Governo de São Paulo promete manter o início da vacinação contra a covid-19 para 25 de janeiro, ainda que haja atrasos para começar a campanha nacional. Na avaliação do secretário de saúde do estado, Jean Gorinchteyn, a medida não simboliza um embate entre as instâncias federativas, mas, sim, uma "colaboração", como definiu em coletiva desta sexta-feira (8/1).
"Entendemos que, pelo recrudescimento da pandemia, não podemos aguardar. Por um lado, temos as 46 milhões de doses que, até abril, serão ofertadas para o PNI. Mas caso a imunização se atrase para meses a seguir, estaremos, sim, mantendo para 25 de janeiro a vacinação para os grupos de trabalhadores da área de saúde, assim como para a população idosa", garantiu Gorinchteyn.
Para que a ação não infrinja os acordos feitos com o Ministério da Saúde, o governo de SP garante respeitar a proporcionalidade das doses que já seriam destinadas ao estado. "Nós seguiremos integralmente o contrato estabelecido com o Ministério da Saúde. (...) Sempre, em todas as campanhas vacinais, especialmente de gripe, o estado de São Paulo se antecipou ao PNI e iniciou a vacinação com as devidas doses proporcionais da sua população. Não será diferente nesse momento", explicou o secretário.
O coordenador executivo do Centro de Contigência da covid-19 de São Paulo, João Gabbardo, reforçou a mensagem do secretário de Saúde e indicou que, caso o PNI comece após 25 de janeiro, possibilidade indicada por Pazuello, São Paulo "não abrirá mão da sua programação".
No entanto, caso ocorra um cenário contrário, no qual o PNI seja iniciado antes de 25 de janeiro, São Paulo irá antecipar a previsão estadual, junto a todas as outras unidades federativas. “Se o Programa Nacional de Imunização, de alguma maneira, for antecipado, baseado na declaração do ministro de ontem, que tem como primeiro prazo iniciar a vacinação até 20 de janeiro, por óbvio o programa estadual também será antecipado. E, assim, nós vacinaremos no mesmo dia, que é o que nós queremos. Que os estados comecem a vacinar no mesmo dia”, afirmou Gabbardo.
O Instituto Butantan entrou com o pedido de uso emergencial da CoronaVac nesta sexta (8), um dia após firmar o contrato de fornecimento de 100 milhões de doses ao Governo Federal. As primeiras 46 milhões de unidades serão entregues até abril e outras 54 milhões ao longo do ano, mediante liberação orçamentária para a aquisição.
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