Meio ambiente

Crítico de Bolsonaro assumirá vaga no Conselho de Segurança Nacional dos EUA

Juan Gonzalez, ex-assessor para o Hemisfério Ocidental na gestão e Barack Obama, já fez várias críticas à política ambiental do governo brasileiro

Vera Batista
postado em 08/01/2021 17:22 / atualizado em 08/01/2021 17:23
 (crédito: Daniel Nepstad/Divulgação)
(crédito: Daniel Nepstad/Divulgação)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, escolheu um crítico de Jair Bolsonaro para cuidar da América Latina no Conselho de Segurança Nacional. Juan Gonzalez, ex-assessor para o Hemisfério Ocidental, na época em que Biden era o vice-presidente de Barack Obama, foi escolhido para o cargo de diretor sênior para o Hemisfério Ocidental. Em outubro de 2020, ele disse que governo brasileiro "ignora questões importantes como mudança climática, democracia e direitos humanos".

No entanto, também afirmou, na época, que "a ideologia não deve ser a régua com a qual os Estados Unidos medem os seus aliados". "O que importa são as áreas de interesse em comum que os dois países têm, independentemente de quem seja o presidente do Brasil no momento", disse.

No currículo de Gonzales, além do cargo que trata principalmente de assuntos relativos à América Latina, que ocupou entre 2011 e 2013, consta a função de conselheiro especial de Biden, entre 2013 e 2015. Ainda na administração Obama, ele foi subsecretário de Estado Adjunto para o Hemisfério Ocidental, com foco nos países do Caribe e América Central.

Em vários momentos, ele deu declarações favoráveis a temas considerados pouco relevantes para Bolsonaro. “Em qualquer relacionamento que Joe Biden tenha com líderes ao redor do mundo, a mudança climática estará no topo dessa agenda, e isso inclui o Brasil”, declarou em entrevista ao site Huffpost, ao responder a uma pergunta sobre o desmonte das políticas ambientais, além dos ataques aos direitos humanos por parte do governo Bolsonaro.

E ainda reiterou que “qualquer pessoa, no Brasil ou em qualquer outro lugar, que pensa que pode promover um relacionamento ambicioso com os Estados Unidos enquanto ignora questões importantes como mudança climática, democracia e direitos humanos, claramente não ouviu Joe Biden durante a campanha”, completou.

 

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