Coronavírus

Pazuello diz que vacinação começa "no dia D, na hora H"

Ministro da Saúde reforça que todos os estados receberão o imunizante simultaneamente, queixa-se das criticas contra atraso na imunização e diz que o Brasil será exemplo para todo o mundo

Sarah Teófilo
Maria EduardaCardim
postado em 11/01/2021 16:30 / atualizado em 11/01/2021 16:31
 (crédito: Reprodução/Facebook)
(crédito: Reprodução/Facebook)

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reafirmou nesta segunda-feira (11/1), em visita a Manaus, que o país pode iniciar a vacinação em 20 de janeiro. Esta é a previsão otimista, já citada pelo general em outros momentos. Outros dois possíveis períodos previstos para início da imunização são entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, ou, o prazo mais distante, de 10 de fevereiro ao começo de março.

“Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D, na hora H, no Brasil. No primeiro dia que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia estará nos estados e municípios para iniciar a vacinação. A prioridade já está dada, é o Brasil todo. Vamos fazer como exemplo para o mundo. Os grupos prioritários já estão distribuídos”, afirmou.

Pazuello ainda pontuou: “Os números já estão distribuídos pelas 3 hipóteses: 2 milhões, 6 milhões ou 8 milhões agora para janeiro. Sabe o que vai acontecer se forem 8 milhões? Nós vamos ser o país que mais vai vacinar no mundo, e quero ver o que vão dizer”. Ao falar em 8 milhões, o ministro considera 2 milhões da vacina de Oxford/Fiocruz e 6 milhões da do Butantan. 

O ministro também voltou a minimizar o atraso do Brasil na vacinação contra a covid-19. “Somem quantas vacinas foram aplicadas no mundo. Sabe quanto dá? A cidade de São Paulo. Somando todas, China, Estados Unidos, Israel, tudo. Você imuniza uma grande cidade, o resto não. E a gente tem que ouvir que estamos atrasados porque a gente não comprou 500 mil doses da Pfizer com essas pequenas cláusulas?”, queixou-se. Até o momento, já foram aplicadas 24,1 milhões de doses no mundo, sendo 9 milhões na China e 6,7 milhões nos Estados Unidos, segundo levantamento do Our World In Data.

O ministro ressaltou que, com a doses importadas, não seria possível vacinar mais de uma cidade e, por isso, é preciso fabricar os imunizantes no Brasil. Dentro do país, o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) irão fabricar vacinas contra a covid-19. No entanto, ambas as instituições já protocolaram pedidos para uso emergencial para uma quantidade de dosses que já foi ou será importada.

Na última sexta-feira (8), o Butantan protocolou oficialmente o pedido de uso emergencial de 6 milhões de doses da CoronaVac vindas da China, e no mesmo dia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez solicitação de uso emergencial de 2 milhões de doses importadas da Índia da vacina de Oxford/AstraZeneca.

No caso desta segunda, a Anvisa informou no fim de semana que os documentos entregues são suficientes, e a vacina segue em análise. Já para a CoronaVac, a agência informou que ainda faltavam dados necessários à avaliação e que havia solicitado mais documentos técnicos ao Butantan.

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