11 anos após tragédia

Exército homenageia 18 militares mortos em terremoto no Haiti

O abalo sísmico de 12 de janeiro de 2010 deixou mais de 300 mil mortos, 1,5 milhão de desabrigados e aprofundou a miséria no país

Bruna Lima
postado em 12/01/2021 22:27 / atualizado em 12/01/2021 22:28
 (crédito: Exército Brasileiro/Divulgação)
(crédito: Exército Brasileiro/Divulgação)

Há 11 anos, uma tragédia sem precedentes no Haiti encerrou a missão de 18 militares do Exército Brasileiro que trabalhavam para conter a deflagração de uma guerra civil naquele país. Era fim de tarde da terça-feira de 12 de janeiro de 2010 quando um terremoto de magnitude 7 na escala Ritcher devastou a cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti, deixando mais de 300 mil mortos, 1,5 milhão de desabrigados e aprofundando a miséria numa das nações mais pobres das Américas.

Na ocasião, prédios viraram pó, e vidas foram soterradas e perdidas na névoa branca que tomou Porto Príncipe. Junto ao Palácio Presidencial, à sede do Banco Mundial e à catedral da capital, também desmoronou a sede da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) de paz e estabilização no Haiti, a Minustah. Mais de 1,2 mil militares brasileiros atuavam na missão.

Na data que marca o trágico acontecimento, o Exército relembrou os 18 brasileiros que perderam suas vidas em razão do terremoto.

Entre as vítimas, estavam os promovidos post mortem aos postos e graduações: generais de brigada Emilio Carlos Torres dos Santos e João Eliseu Souza Zanin; coronel Marcus Vinícius Macedo Cysneiros; tenentes-coronéis Francisco Adolfo Vianna Martins Filho e Marcio Guimarães Martins; capitão Bruno Ribeiro Mário; segundo-tenente Raniel Batista de Camargos; primeiros-sargentos Davi Ramos de Lima e Leonardo de Castro Carvalho; segundo-sargento Rodrigo de Souza Lima; e terceiros-sargentos Ari Dirceu Fernandes Júnior, Washington Luiz de Souza Seraphim, Douglas Pedrotti Neckel, Antonio José Anacleto, Tiago Anaya Detimermani, Felipe Gonçalves Júlio, Rodrigo Augusto da Silva e Kleber da Silva Santos.

As Forças Armadas brasileiras comandavam a Minustah desde 2004. Após o abalo sísmico, não foi diferente. Liderando as ações de resgate, os militares do Brasil distribuíram mais de 3,5 mil toneladas de mantimentos, realizaram procedimentos cirúrgicos e prestaram atendimento médico a cerca de 40 mil pessoas afetadas pelo desastre. As tropas brasileiras deixaram, definitivamente, o Haiti em 15 de outubro de 2017, com todos os objetivos definidos pela ONU para o Componente Militar plenamente alcançados.

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