Imunização contra covid-19

MS: vacinação será simultânea nas capitais e maiores cidades

Segundo o secretário-executivo Elcio Franco, o governo precisará de três a cinco dias para distribuir o imunizante aprovado pela Anvisa. A ideia é iniciar a vacinação emergencial assim que as doses estiverem disponíveis em todos os estados

Sarah Teófilo
Bruna Lima
Maria Eduarda Cardim
postado em 13/01/2021 21:04
 (crédito: Getty Images)
(crédito: Getty Images)

As secretarias de saúde brasileiras precisarão aguardar a chegada das doses das vacinas contra a covid-19 em todos os estados para iniciar as imunizações locais. A ordem do Ministério da Saúde se aplica inclusive ao Rio de Janeiro e São Paulo, ainda que os estados já estejam em posse das doses. "São Paulo e Rio não estão perdendo. O Brasil está ganhando", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, ao defender a sincronia entre os entes federativos durante coletiva desta quarta-feira (13/1).

Segundo Franco, a decisão tem como justificativa o próprio princípio da equidade do Sistema Único de Saúde (SUS). "Como você se sentiria se morasse no Acre ou no Rio Grande do Norte por não ter uma planta fabril de institutos imunobiológicos como a Fiocruz e o Butantan e demorasse uma semana ou mais para que a vacina chegasse à sua cidade? A mensagem que queremos deixar para a população é que todos serão imunizados e ninguém é mais importante que ninguém".

Após a liberação do uso emergencial da vacina, o Ministério da Saúde estima um prazo de três a cinco dias para distribuir os imunizantes a todos os estados. No entanto, a ideia é fazer chegar às capitais e principais cidades. "Não posso esperar chegar em 5.570 municípios, nas 38 mil salas de vacinação para, então, iniciar", ponderou Franco. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai se reunir no próximo domingo (17) para decidir sobre os pedidos de autorização para uso emergencial da vacina de Oxford e da CoronaVac.


Negacionismo

Ao responder sobre as empreitadas do presidente Bolsonaro em colocar em xeque a credibilidade das vacinas, Franco se limitou a ressaltar a importância da vacinação. "Acredito que precisamos contar com todos os veículos de mídia para fortalecer, junto à população, a importância da imunização. A importância da segurança que será proporcionada com a imunização da população brasileira. Importante destacar, também, que é um direito de cada um optar por se vacinar".

Nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro ironizou a eficácia de 50,38% da vacina CoronaVac. "O que eu apanhei por causa disso, agora estão vendo a verdade. Estou há uns quatro meses apanhando por causa da vacina. Entre mim e a vacina tem a Anvisa. Eu não sou irresponsável. Não estou a fim de agradar quem quer que seja. É a vacina que passar pela Anvisa, seja qual for. Passou por lá… Já assinei um crédito de R$ 20 bilhões para comprar isso", disse Bolsonaro a apoiadores, na porta do Palácio da Alvorada.

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