TECNOLOGIA

Dicas para não cair nos golpes por meio do WhatsApp

Especialistas orientam sobre os cuidados que as pessoas devem ter para evitar serem vítimas de fraudes que estão cada vez mais frequentes no aplicativo usado 120 milhões de brasileiros

Fernanda Strickland
postado em 14/01/2021 21:26
 (crédito: Getty Images -  Anadolu Agency)
(crédito: Getty Images - Anadolu Agency)

Com a evolução da tecnologia, aplicativos de smartphones estão cada vez mais presentes na rotina da sociedade global e os usuários mais desatentos estão cada vez mais vulneráveis aos golpes. Analistas ouvidos pelo Correio dão dicas de como evitar ser uma vítima.

O WhatsApps é um app de troca de mensagens, criado em 2009, por Brian Acton e Jan Koum. Naquela época, o objetivo da ferramenta era simples: oferecer uma alternativa à troca de mensagens tradicional via celular, o SMS. Segundo pesquisa do Oberlo, o WhatsApp tem mais de 2 bilhões de usuários espalhados pelo mundo, e, dentre eles, 120 milhões são brasileiros.

Com a grande quantidade de pessoas utilizando o aplicativo, os golpistas aproveitam de situações para enganar aqueles que estão desinformados. As formas mais comuns de golpe por meio de WhatsApp variam de formas simples e até outras mais elaboradas. 

De acordo com o consultor de tecnologia, Leonardo Miranda, um golpe comum é quando a pessoa utiliza um número qualquer e utiliza o nome e foto da pessoa para entrar em contato com as pessoas se passando pela vítima e pedindo valores emprestados para os conhecidos. "Outra forma mais complexa é quando se passa por algum procedimento do WhatsApp e passa entrar sequestrar os dados com autenticações pela própria vítima acreditando ser algo verídico", explicou.

Os maiores riscos são os danos causados à imagem da vítima, quando o golpista se passa por ela, manchando a imagem da pessoa. Mas há casos mais sérios, como além do vazamento de dados pessoais como conversas, o de materiais íntimos e profissionais, segundo o consultor.

 

Evite transtornos 

 

Porém, há como se prevenir. Uma dica é acionar, na aba de ajustes, a confirmação em duas etapas. Assim, com uma senha adicional, o golpista terá mais dificuldade para acessar as suas informações na ferramenta e os contatos.“É importante ativar a dupla autenticação para que você tenha uma proteção extra para confirmação da propriedade de suas conversas além de utilizar do serviço de backup para casos de recuperação das informações”, destacou o consultor de tecnologia.

Segundo ele,  é sempre mais seguro utilizar os meios oficiais de comunicação que a empresa oferece. "Eles nunca solicitarão qualquer autorização ou código de autenticação se não pelo próprio aplicativo”, alertou o especialista.

 

Como não cair no golpe

 

Hugo Cândido, consultor de Ecommerce, lembrou que é importante ficar atento aos golpes tradicionais e alertar os conhecidos quando o celular for roubado. “Pessoas mal-intencionadas podem clonar o número de telefone ou roubar o celular de outras pessoas e se passarem por elas. Eles enviam mensagens para os contatos da vítima, e, inclusive, usam a ferramenta para pedir dinheiro”, explica.

Segundo Cândido, os maiores perigos estão nos vazamentos de informações pessoais ou em riscos de invasão de plataformas protegidas por senha. “A melhor forma de evitar transtornos é utilizar a autenticação de dois fatores nos mecanismos de login quando disponíveis. Evitar compartilhar senhas pelo aplicativo. E, sempre que alguém solicitar dinheiro pelo aplicativo para você, é prudente ligar para pessoa e confirmar se aquele pedido é, de fato, legítimo”. Para o consultor, todos os procedimentos de segurança devem ser seguidos para minimizar os riscos envolvidos.

Um novo golpe na praça está ocorrendo via WhatsApp, aproveitando as notícias sobre o início da vacinação contra a covid-19 no país. As vítimas recebem uma ligação, como se fosse do Ministério da Saúde, coletando dados pessoais e, ao final, os fraudadores pedem uma confirmação por SMS ou WhatsApp. por meio de um link que colha o celular do usuário se ele clicar.

*Estagiária sob supervisão de Rosana Hessel

 

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