MANAUS

Pazuello diz que rede de saúde em Manaus entrou em colapso

Ministro da Saúde alertou que os próximos cinco ou seis dias serão os mais críticos para a capital do Amazonas, e disse que vai priorizar a entrega de oxigênio para a cidade

Augusto Fernandes
postado em 14/01/2021 20:35 / atualizado em 14/01/2021 20:36
 (crédito: Reprodução/Facebook)
(crédito: Reprodução/Facebook)

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reconheceu que o atendimento na rede de saúde de Manaus está em colapso devido a uma nova onda de covid-19 e que a situação é "extremamente grave", em especial pela falta de oxigênio para atender pacientes internados e pela fila de pessoas que buscam um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

"Em Manaus, já houve colapso no atendimento, em abril do ano passado. Agora, nós estamos novamente em uma situação extremamente grave. Eu considero que, sim, há um colapso hoje no atendimento de saúde em Manaus. A fila para leitos cresce bastante, estamos hoje com 480 pessoas na fila e a realidade da diminuição da oferta do oxigênio", disse o general nesta quinta-feira (14/1), em live com o presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com Pazuello, houve uma queda na oferta de oxigênio para a capital do Amazonas. Ele disse que a demanda diária para a cidade triplicou nos últimos dias, chegando a 75 mil metros cúbicos. Para as cidades do interior do estado, a necessidade diária é de 15 mil metros cúbicos. "Todo o tratamento da covid-19 é baseado em algum grau da oferta de oxigênio. Há uma redução da oferta e estamos priorizando esse oxigênio para atender as UTIs e trabalhando para entregar mais oxigênio."

O ministro informou que o governo federal providenciou seis aeronaves para transportar 30 mil metros cúbicos de oxigênio a Manaus. Também há uma logística de entrega por vias terrestres e aquáticas. Contudo, ele alertou que o gás talvez seja disponibilizado aos pacientes só na semana que vem e que os próximos cinco ou seis dias serão "o período mais crítico" para a capital amazonense.

"Estamos apoiando em todos os aspectos, na ponte aérea, na ponte fluvial na ponte terrestre e agora começando a remoção de pacientes de menor gravidade para diminuir o impacto colocando em hospitais federais num raio que permita esse deslocamento aéreo com aviões da força aérea. Mas esse período de cinco a seis dias são os mais críticos, onde ainda não chegamos lá com toda essa estrutura", comentou Pazuello.

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