Pelo menos seis municípios do Oeste do Pará registram o colapso do sistema de saúde com os estoques de oxigênio chegando a zero. A situação mais grave é no município de Faro, onde diversos pacientes revezam um cilindro de oxigênio em uma unidade de saúde da região. Imagens publicadas pelos moradores mostram o desespero de familiares dos doentes e profissionais de saúde.
A cidade fica na divisa com o Amazonas, e muitos moradores viajaram até Manaus no final do ano para encontrar parentes. A capital do Amazonas enfrenta uma nova cepa de coronavírus, que de acordo com análises preliminares faz com que o vírus causador da covid-19 se espalhe mais rápido. O comportamento é semelhante ao identificado nas cepas que surgiram no Reino Unido e na África do Sul.
Em Faro, moradores criaram o movimento Todos por Faro tenta mobilizar o governo para envio de oxigênio. O prefeito da cidade, Paulo Carvalho (PSD), afirmou que pelo menos 40 pacientes estão internados no distrito de Maracanã com saturação abaixo de 80%. Isso significa grave comprometimento das funções respiratórias.
O Governo do Pará intensificou a fiscalização em Santarém, Juruti, Terra Alta, Faro, Óbidos e Oriximiná, para evitar a entrada de moradores do Amazonas. O temor é de que a epidemia se agrave, principalmente em razão da nova cepa. “Somos solidários com o povo do Amazonas, mas neste momento precisamos resguardar a vida da nossa população”, disse o secretário regional de Governo da região Oeste, Henderson Pinto, em visita à região no domingo (17), de acordo com o site O Liberal. O município de Juriti também registra grave comprometimento dos estoques de oxigênio.
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