Covid-19

'Pelo que sei, menos da metade da população vai tomar vacina', diz Bolsonaro

De acordo com pesquisa do instituto Datafolha publicada na primeira quinzena de dezembro, o porcentual de brasileiros dispostos a se vacinar contra a covid-19 caiu de 89% na primeira quinzena de agosto para 73% em dezembro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 7, que menos da metade da população brasileira pretende tomar a vacina contra a covid-19. O dado, porém, foi citado por Bolsonaro como resultado de um levantamento próprio feito por ele na praia e nas ruas. "Alguém sabe quantos por cento da população vai tomar vacina? Pelo que eu sei, menos da metade vai tomar vacina. E essa pesquisa que eu faço, faço na praia, faço na rua, faço em tudo quanto é lugar", disse Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada.
De acordo com pesquisa do instituto Datafolha publicada na primeira quinzena de dezembro, o porcentual de brasileiros dispostos a se vacinar contra a covid-19 caiu de 89% na primeira quinzena de agosto para 73% em dezembro, e no mesmo período cresceu de 9% para 22% a parcela de pessoas que declaram que não querem tomar a vacina.
O presidente reforçou o compromisso do governo de começar a disponibilizar a vacina em janeiro. Após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometer vacinar toda a população de São Paulo em 2021, Bolsonaro declarou que alguns Estados só estão anunciando um plano de vacinação porque o governo federal distribuiu recursos durante a prefeitos e governadores durante a crise.
O Brasil anunciou a importação de 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca neste mês. Bolsonaro deu garantia que haverá seringas para todo mundo que desejar se vacinar.
O presidente suspendeu a compra de seringas e agulhas até que os preços "voltem ao normal". A medida ameaça o calendário de vacinação contra a covid-19 e outras doenças no País. Bolsonaro rebateu a estimativa declarando que há material nos Estados para vacinação. O mandatário justificou a suspensão pela alta de preços.