CORONAVAC

Ministério assinará compra de mais 54 milhões de doses na terça, diz Butantan

Após cobrar publicamente do governo federal a aquisição das vacinas, diretor do instituto, Dimas Covas, diz que foi informado nesta sexta-feira, pelo Departamento de Logística do Ministério da Saúde, de que o contrato será firmado na próxima semana

Após pressionar o governo federal para confirmar a aquisição de 54 milhões de doses adicionais da vacina CoronaVac, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse, nesta sexta-feira (29/1), que o Ministério da Saúde confirmou que irá assinar o novo contrato na próxima terça-feira (2/2). A pasta já adquiriu 46 milhões de doses e recebeu 8,7 milhões de vacinas do instituto paulista.

De acordo com Covas, a confirmação veio pelo responsável pelo Departamento de Logística do Ministério da Saúde minutos antes do início dos pronunciamentos e entrevista coletiva do governo de São Paulo, às 12h45. “Uma boa notícia. Notícia que todos nós estávamos aguardando, e esperamos que isso se concretize na próxima terça-feira”, disse o diretor.

Covas anunciou ainda que, também na próxima terça-feira, serão liberadas mais 900 mil doses da vacina, e que chegarão da China 5,4 mil litros da matéria-prima necessária para a produção da CoronaVac. No momento, a produção do Butantan está parada, aguardando a chegada dos insumos.

O diretor atribui a mudança de posição do governo federal, em relação às 54 milhões de doses, à intensa movimentação ocorrida desde a última quarta-feira, com governadores e parlamentares cobrando do governo federal que o contrato para as doses adicionais fosse logo assinado.

Na quinta-feira (28), o governador e coordenador do tema de vacinas no Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias (PT-PI), solicitou que o governo federal celebre o contrato de compra do total dos imunizantes produzidos pelo Butantan (além das 46 milhões que estão sendo entregues até abril, mais 54 milhões). O pedido vinha sendo motivo de nova queda de braço entre o governo federal e o governo de São Paulo.

Na última quarta-feira (27), o diretor do Butantan disse que, se a União não manifestasse interesse na aquisição de 54 milhões de doses adicionais até o fim da semana, fecharia contratos para exportar o imunizante a países da América Latina que manifestaram interesse. Depois, mudou a versão e disse que poderia repassar as vacinas a estados.

Nesta sexta-feira, Dimas Covas reforçou que as doses que serão exportadas a outros países com contratos fechados com a Sinovac e com o Butantan não interferem nas vacinas já confirmadas no Brasil.

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