A pirâmide do Parque Antônio Rosa, em São Tomé das Letras, no Sul de Minas, foi colocada à venda e o fato gerou revolta na cidade. O ponto turístico, tombado como patrimônio histórico, está localizada em uma região particular. Moradores do município fizeram protesto nesta quinta-feira (4/1).
De acordo com a prefeitura, a pirâmide é tombada como Patrimônio Paisagístico da cidade. Ela foi construída há 40 anos, em uma área particular dentro Parque Antônio Rosa. O local tem 111 hectares e pertence ao município. Já a pirâmide é de propriedade de uma pessoa do Estado de São Paulo.
O anuncio sobre a venda foi feito por uma imobiliária de Três Corações, nessa quarta-feira (3/2). O valor pedido é de R$ 1,2 milhão. “Fomos pegos de surpresa com a notícia. Até porque o valor não compete. A pirâmide vale muito mais do que isso”, disse Benvinda Martorell, moradora e dona de restaurante.
Moradores da cidade fizeram um protesto com faixas e cartazes nesta quinta-feira (4/2). Eles foram até o local para pedir que a pirâmide seja desapropriada pela prefeitura.
“Não tem algo mais simbólico na cidade do que a pirâmide. Assim que ficamos sabendo da notícia, uma mobilização foi feita nas redes sociais. O local tem mais de 40 anos e foi tombado há cerca de 18. O dono nunca tomou posse. O objetivo foi pressionar a prefeitura para que a pirâmide continue sendo do público e mostrar a algum interessado, na possível compra, que os moradores não estão de acordo. Por isso, vamos fazer outra manifestação no sábado (6/2) durante o pôr-do-sol”, ressalta a moradora.
A Prefeitura Municipal de São Tomé das Letras publicou uma nota esclarecendo o caso. “Informo a todos, que já tem um tempo que tenho tentado negociar com o proprietário a compra do imóvel pelo poder público. Apesar de ser tombada como Patrimônio Paisagístico, é um imóvel particular. O dono tem a escritura. É interesse do município adquiri-la, sim”, afirma o prefeito Tomé Reis Alvarenga.
O prefeito explicou que a prefeitura está tentando de tudo para adquirir o local, mas a aquisição deve ser feita de forma legal, mediante justa indenização conforme a lei”. Já temos uma nova reunião agendada com o proprietário, onde pretendemos, finalmente, resolver a situação”, completa.
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