O governo de São Paulo confirmou nesta sexta-feira (5/2) que pretende comprar mais 20 milhões de doses da vacina CoronaVac e que a negociação destas doses adicionais já está sendo feita pelo Instituto Butantan com a Sinovac, empresa desenvolvedora do imunizante. Segundo o governador do estado, João Doria, as doses extras seriam usadas exclusivamente para imunizar a população em São Paulo.
"Autorizei a Secretaria da Saúde e o Instituto Butantan a uma aquisição de 20 milhões de vacinas", disse Doria. As doses não têm relação com a entrega de 100 milhões de doses que o Butantan fará ao Ministério da Saúde. "Adicionalmente a isso (100 milhões de doses) o governo do estado de São Paulo tomou a decisão de adquirir sob sua responsabilidade, sob seu custo, mais 20 milhões de doses da vacina", completou.
O montante para além do previsto pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) servirá para que o estado consiga imunizar toda a população até o fim deste ano. Caso a compra extra da CoronaVac não seja possível, Doria não descarta procurar outra candidata. "Em São Paulo não faltará vacina. Independentemente do PNI, do Ministério da Saúde, de Eduardo Pazuello ou de decisões desta ou daquela ordem. Todos os brasileiros de SP estarão vacinados até 30 de dezembro deste ano", afirmou.
Questionado se a medida não fere o princípio da equidade de distribuição pelo Sistema Único de Saúde, sobretudo em meio à uma crise de saúde pública nacional, o governador garantiu que a medida é constitucional. "A Constituição permite, e o pacto federativo também. Não só ao governo de São Paulo. Permite a qualquer outro estado brasileiro, ao Distrito Federal e também às prefeituras municipais. Se quiser comprar mais vacinas com o objetivo de preservar vidas de seus cidadãos, poderão fazer", afirmou Doria.
Previsão
O diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que já existe uma manifestação de disponibilidade das doses extras após a entrega de toda a matéria-prima necessária para a produção dos 54 milhões de doses da CoronaVac, que serão contratadas pelo Ministério da Saúde.
"Já existe uma manifestação de disponibilidade, após a integralização das 54 milhões de doses, em termo de matéria-prima, que acontecerá em julho. Então, é possível que, a partir de julho, nós recebamos mais matéria-prima para a produção de 20 milhões de doses adicionais", informou.
As doses poderão vir prontas ou para finalização pelo Butantan. A questão, segundo Doria, será informada oportunamente. Já a verba, segundo o governo, está garantida. "Nós determinamos um remanejamento de orçamento para dar o suporte necessário para a aquisição."
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