O vice-presidente Hamilton Mourão anunciou, ontem, o novo Plano Amazônia 21/22, que vai substituir a ação militar na regiçao, a Operação Verde Brasil 2, que termina em 30 de abril. Durante a 4ª reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), ele anunciou que a nova ação substitui os militares do Exército por funcionários do Incra, das polícias Federal e Rodoviária Federal, ICMBio e Ibama, que já faziam parte do programa que está em curso.
Segundo Mourão, há ainda a possibilidade de que profissionais terceirizados sejam contratados, mas dependeria do sinal verde da área econômica do governo. O Plano Amazônia 21/22 contará com a participação de agências de fiscalização dos ministérios da Justiça, do Meio Ambiente e da Agricultura, além do Gabinete de Segurança Institucional.
Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter dito, na última terça-feira, que não existem “condições econômicas de atender essa área (a floresta amazônica)”, Mourão ressaltou que há empresas e nações interessadas em apoiar projetos de proteção à região. Conforme disse, com doações é possível colocar essas ações em prática.
Mourão ressaltou seu que o Plano Amazônia 21/22 agirá, principalmente, em regiões mais afetadas pela devastação territorial. Onze municípios foram identificados por acumular 70% das derrubadas: sete deles no Pará, dois no Amazonas, um em Mato Grosso e mais um em Rondônia.
A nova ação propõe, também, quatro eixos de atuação: “1º) priorizar áreas de ocorrência em que a ilicitude pode impactar, de maneira mais decisiva, os resultados da gestão ambiental; 2º) aumentar a efetividade da fiscalização e o fortalecimento dos órgãos; 3º) contenção dos ilícitos em conformidade com a lei e; 4º) disponibilizar alternativas socioeconômicas à população dentro do princípio do desenvolvimento sustentável”
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Projeto NG fomenta cadeia de empregos
A aquisição de 36 caças Saab Gripen NG para a Força Aérea Brasileira (FAB) pode gerar cerca de 21 mil empregos a partir da troca de tecnologia e o desenvolvimento do jato no país. Foi o que garantiu o major brigadeiro Valter Borges Malta, presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), entrevistado de ontem do CB.Poder –– uma parceria do Correio com a TV Brasília.
“O conhecimento gerado nessas pesquisas aeroespaciais pode, inclusive, ser derivado para a indústria de medicina, como sensores ópticos para diagnósticos, por exemplo. Além de, claro, atender à demanda que a FAB possui de controlar, defender e integrar o território nacional. Para isso, é necessário que as aeronaves sejam cada vez mais capazes, com longo alcance e capacidade de carga”, explicou.
Segundo Malta, a Copac tem 10 projetos em desenvolvimento e o projeto Gripen prevê a entrega de 36 aeronaves, 28 com um só assento e oito com dois tripulantes. “O objetivo é que o F-39 que recebemos –– em 23 de outubro do ano passado, no Dia do Aviador, o primeiro exemplar passou a equipar a esquadrilha da FAB –– exerça missões de superioridade aérea, ataque ao solo e reconhecimento. Ela sobrevoou Brasília e está sobrevoando diariamente Gavião Peixoto (SP), onde ocorre o processo de desenvolvimento. As quatro primeiras aeronaves para compor o esquadrão do corpo de defesa aérea em Anápolis (GO) chegarão ao Brasil no fim do ano”, disse.
O brigadeiro explicou que a FAB tem 18 projetos principais –– em diversas áreas, que vão da infraestrutura à tecnologia e à modernização –– e que a Força Aérea trabalha com um planejamento para 2041, quando faz um século. “Uma aeronave desse modelo terá alta performance, alta velocidade, integração dos sistemas, inteligência artificial, além de baixa visibilidade diante de sensores e radares. Por isso, para atingir essa tecnologia, atuamos nas diferentes frentes”, salientou.
*Estagiários sob a supervisão de Fabio Grecchi